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O sistema nacional de crédito pode mostrar, até o fim deste primeiro trimestre, sinais de uma certa “acomodação”. O ritmo de concessões, porém, será retomado no segundo trimestre ou, no mais tardar, a partir do terceiro trimestre, avaliam economistas. Esse será o tempo que levará para que a reversão de parte das medidas macroprudenciais e a queda da taxa básica de juro surtam efeito prático. Até lá, as instituições financeiras deverão continuar dando prioridade para a liquidez.
Bancos e financeiras também estão mais seletivos na hora de conceder financiamentos por conta da crescente inadimplência.

“O último boletim regional do Banco Central até mostra melhora das condições de demanda, porém os bancos continuam retraídos”, afirma Jayme Alves, economista da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Nicolas Tingas, economista da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), enxerga uma mudança qualitativa no perfil do consumidor que toma crédito. Há uma participação maior de jovens e com renda baixa, públicos que apresentam risco mais elevado para o sistema. “Das financeiras com as quais tenho conversado, todas estão preferindo administrar a atual carteira para tentar reduzir a inadimplência em vez de fazer novos negócios”, diz.

Mas o recuo de 0,2% do estoque de crédito do sistema em janeiro contra dezembro não deve ser visto como uma tendência de retração. Para o economista da Febraban, a valorização do real frente ao dólar e a janela de captações externas aberta em janeiro para as grandes empresas brasileiras potencializaram o efeito sazonal mais fraco do crédito no início de ano.

Alves reconhece que o resultado de janeiro veio um pouco mais fraco do que ele esperava, no entanto, ressalta que o recuo do saldo de crédito do sistema foi puxado pela queda de 2,1% dos recursos externos em reais. O fortalecimento do real explicaria, ainda, o baixo desempenho do BNDES no mês passado – cujo saldo cedeu 1,2%.
Um levantamento feito pela Febraban com os maiores bancos do mercado oferece indícios também sobre o peso da “saída” temporária dessas grandes empresas do sistema. Em janeiro, o saldo para o segmento teria caído 1,40% contra dezembro, ao passo que, na comparação de dezembro com novembro de 2011, o estoque teria subido 5,6%.

No segmento de pessoa física, o ambiente permanece restritivo por conta da inadimplência crescente. No financiamento de veículos, por exemplo, a inadimplência passou de 5%, em dezembro, para 5,3% em janeiro. E até mesmo quando esse indicador passa por ajustes sazonais (janeiro é um mês tradicionalmente ruim para o consumidor quitar as contas), o movimento de alta dos calotes continua – passando no mesmo período de 5,2% para 5,4%, segundo os cálculos de Alves.
Em contrapartida, indicadores antecedentes apontam para um arrefecimento da inadimplência a partir do segundo trimestre. “Daí para frente, se houver surpresa quanto à concessão de crédito, ela será positiva”, diz Tingas.

Fonte: Valor Econômico/ Aline Lima – 29/02/2012

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