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A inflação não pode, e nem deve, representar uma camisa de força ao crescimento brasileiro, dizem economista consultados pelo BRASIL ECONÔMICO. Segundo eles, é possível haver inflação comportada, mesmo que pouco acima da meta estipulada pelo Banco Central (4,5%), sem a necessidade de uso da política monetária para prejudicar o emprego e a renda da população.
 
Os comentários surgem dias após a Presidente da República, Dilma Rousseff, causar furor no mercado financeiro ao criticar um possível combate à inflação com instrumentos que reduzam o poder de compra da classe média crescente.
 
Para o ex-diretor do Banco Central (BC) Carlos Thadeu de Freitas Gomes, as perspectivas de inflação do mercado financeiro estão abaixo até mesmo do que o BC espera. Com isso, diz ele, a estratégia usada atualmente pela equipe econômica do governo para garantir emprego e crescimento é correta.
 
“O que é preciso fazer agora é tornar mais transparente as metas do Banco Central. Não há grandes problemas em perseguir uma inflação de 5,5% no ano. Mas isto precisa estar claro”, afirma o atual economista chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
 
Na última sexta-feira, o Banco Central publicou o primeiro relatório trimestral de inflação do ano. Em suas projeções, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terminará os anos de 2013, 2014 e 2015 em 5,7%, 5,3% e 5,4% respectivamente. Já os economistas esperam altas de 5,8%, 5,1% e 5,2% para estes períodos. (leia mais abaixo)
 
As novas projeções contidas no relatório, principalmente as que se referem aos anos de 2014 e 2015 foram entendidas como um afrouxamento das metas de inflação. O motivo parece claro: evitar que os baixos níveis de desemprego sejam impactados por elevações radicais na taxa básica de juros (Selic).
 
“O que incomoda são as expectativas de inflação. O Banco Central precisa atacá-las. Reduzir os prêmios de risco desnecessários. Se deixar claro sua nova meta (5,5% ao ano) ele alcançará este objetivo”, avalia o economista.
 
André Perfeito, economista chefe da Gradual Investimentos, credita o “mau humor” do mercado financeiro à dificuldade em se ganhar dinheiro na nova realidade brasileira. “O mercado está mal humorado porque no ano passado foi feita uma revolução monetária no país e a Eficiência Marginal do Capital caiu para patamares inimagináveis”, diz. “A questão é simples: com a queda da taxa de juros monetária todas as outras ‘rentabilidades’ da economia estão caindo junto”, complementa o economista.
 
No entanto, os economistas também entendem que o patamar atual não é tão confortável quanto poderia. Segundo as estimativas compiladas pelo Banco Central, o IPCA deverá romper o teto da meta em doze meses (6,5%) em março.
 
Thaís Zara, economista-chefe da consultoria Rosenberg, prega um melhor alinhamento entre o BC e a Fazenda. O controle dos gastos públicos pode resolver a questão. “A boa política econômica recomenda uma política monetária expansionista, mas com um fiscal restritivo. Em resumo, o governo precisa gastar menos”, diz a economista.
 
Fonte: Brasil Econômico / Gustavo Machado – 01.04.13

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