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A auditoria, que não evitou no passado o escândalo da Enron e atingiu também a Arthur Andersen, então a quinta maior empresa do setor no mundo, é considerada fundamental como instância de controle da gestão dos executivos. Já as consultorias, dizem especialistas, são importantes por reunir experiências que podem ajudar a definir o modelo de governança mais indicado a cada empresa.
 
“O ideal é que a cada três anos as empresas promovam uma mudança de auditoria”, diz Dalton Sardenberg, da Fundação Dom Cabral. O primeiro passo, porém, não é menos importante. Uma pesquisa feita este ano pelo Hay Group junto a 5.205 executivos de 312 empresas brasileiras, revela que 20% das companhias listadas na bolsa e 2% das não listadas têm comitês de auditoria. “Historicamente, os números são sempre crescentes. A governança corporativa, que ganhou força na Bovespa, se espalha em cascata para as empresas familiares”, diz Henry Barochel, diretor e líder da prática de remuneração para a América Latina do Hay Group.
 
“A auditoria é indispensável no processo de governança, mas a consultoria depende de cada empresa”, afirma Adriane de Almeida, do IBGC. Algumas empresas preferem fazer a governança por conta própria e fazem bem o processo internamente. É o caso do grupo que escolheu como CEO alguém que não era da família, porque precisava demitir parentes que estavam na folha de empregados da empresa.
 
Com consultoria ou não, muitas companhias já entenderam que é saudável entregar o principal cargo executivo e a presidência do conselho de administração a pessoas diferentes. No Brasil, de acordo com o IBGC, não há acúmulo nas duas funções em 70% das empresas.
 
“Uma das evoluções mais percebidas no processo de governança corporativa no Brasil é a formação dos conselhos administrativos e consultivos nas empresas”, revela Flávia Krauspenhar, sócia e diretora da área de assessoria financeira da Capitânia, uma empresa independente que desenvolve projetos de soluções de acompanhamento da gestão financeira e estratégia de controle para 40 empresas. “Hoje, conselho não é mais apenas para o chá das cinco.”
 
O IBGC aponta que 91,7% das organizações que adotam as práticas de governança corporativa do Brasil têm conselhos de administração. Já a pesquisa do Hay Group revela que 17% dos grupos não listados também têm seus conselhos. A necessidade de as empresas modernizarem sua alta gestão é responsável ainda por um processo acelerado de profissionalização dos conselheiros independentes.
 
A globalização, as privatizações e a desregulamentação de vários setores da economia brasileira, que resultaram em um ambiente corporativo mais competitivo, revelam alguns números significativos também em governança. Em 67% das empresas ouvidas pelo Hay Group, os membros dos conselhos são remunerados. A remuneração média de um presidente de conselho é de R$ 975.572,00 por ano e a de um conselheiro, de R$ 744.493,00. Em 54% das empresas os conselheiros independentes são livres para participar de conselhos de outras empresas.
 
“A tendência é que a remuneração dos conselheiros, hoje basicamente feita como uma espécie de jeton pela participação nas reuniões, incorpore programas de concessão de ações ou opções”, revela Henry Barochel, do Hay Group. (PV)
 
Fonte: Valor Econômico / Paulo Vasconcellos – 13/12/12

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