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Na tentativa de reduzir a participação do parcelado sem juros nos pagamentos feitos com cartões de crédito, os emissores desses plásticos estão apostando cada vez mais nos parcelamentos com juros disponíveis nas maquininhas que aceitam esses cartões. “O que a indústria está apostando agora é no crediário, que tem taxa de juro baixa e prazo de até 48 meses para pagar”, afirma Claudio Yamaguti, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).
 
No primeiro semestre, 70% de todas operações dos cartões de crédito, que somaram R$ 213 bilhões, são feitas por meio da opção parcelada sem juros. Em 2005, segundo Yamaguti, a participação era de 55%. A queixa dos emissores, sendo que os maiores são os grandes bancos, é o fato de assumirem o risco de calote dessa operação.
 
O ideal, segundo o dirigente, é conscientizar os usuários de que o plástico é apenas um meio de pagamento e não uma opção de financiamento para a compra de bens, em especial os duráveis. “Se o objetivo é ter um financiamento, o consumidor tem que buscar essa opção no banco”, defende Yamaguti, que também é presidente da Redecard, controlada pelo Itaú.
 
O restante das operações com cartões de crédito está na categoria com juros, que inclui os parcelamentos feitos com cobrança de encargos, rotativo, parcelamento de fatura e o crediário. Yamaguti, no entanto, afirma que por ser uma modalidade nova, ainda não há um levantamento da representatividade do crediário. “Deve ser ainda pequena.”
 
Mesmo pequena, é uma modalidade que está em teste por todos os grandes bancos.
 
No caso da Caixa Econômica Federal, junto com a Redecard, a opção do crediário no cartão permite o parcelamento em até 48 vezes com juro que varia de 0,89% a 1,90% ao mês.
 
Já no caso do Banco do Brasil, a modalidade começou a ser estimulada após o “Bompratodos”, programa de juros mais baixos lançado em abril. A opção está disponível nas compras feitas em maquininhas da Cielo ou pelo sistema TEF. Segundo a instituição financeira, em cinco meses o volume de contratação no crediário do cartão chegou a R$ 283,5 milhões, com taxa de 1,49% a 1,98% ao mês e até 48 meses para pagar.
 
E a iniciativa não se restringe às instituições públicas. Os bancos privados, em parceria com as credenciadoras de cartões, já possuem essa modalidade. No caso do Itaú, ela é feita com a Redecard. A taxa de juros varia de 0,90% a 3,90%. Bradesco e Santander fizeram o mesmo. Em todos os casos, a intenção é proporcionar uma escolha de longo prazo com juros mais baixos que em um crédito direto ao consumidor (CDC) e com a facilidade da operação do cartão de crédito.
 
Os plásticos de crédito são os que concentram o maior volume de operações feitas com cartões, R$ 213 bilhões. Somando as demais modalidades (débito e cartões de lojas), o total chegou a R$ 370 bilhões no primeiro semestre, avanço de 21% em relação a igual período do ano passado. Esse ritmo fez a Abecs elevar de 20% para 21% a previsão de crescimento em 2012.
 
Fonte: Brasil Econômico/ Ana Paula Ribeiro – 13/09/2012

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