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O Conselho Monetário Nacional (CMN) em reunião realizada ontem decidiu estender o acesso à linha de liquidez de um dia útil do Banco Central (BC). Agora, todas as instituições financeiras titulares de conta de liquidação, como corretoras, financeiras, cooperativas de crédito e distribuidoras, terão acesso à linha.
 
Até então, apenas as instituições financeiras de natureza bancária tinham acesso a esse instrumento. Segundo nota distribuída pelo BC, a medida favorece a fluidez no sistema brasileiro de pagamentos e contribui para aumentar a competição no sistema financeiro.
 
O diretor de administração do BC, Altamir Lopes, explicou que a medida tem o objetivo de equacionar o tratamento do redesconto entre bancos e instituições não bancárias. “Estamos eliminando uma assimetria”, disse o diretor da autoridade monetária.
 
As empresas não bancárias já tinham acesso desde agosto de 2011 às linhas intradia e agora passam a acessar também o redesconto de um dia. O custo da operação continua sendo de taxa Selic mais 1% e as garantias não foram alteradas – são títulos públicos do Tesouro Nacional.
 
De acordo com dados do BC, no último ano nenhuma dessas instituições precisou de acesso a essas linhas. A medida, segundo o BC, pode aumentar a competição no mercado bancário por aumentar a liquidez dos títulos públicos no mercado secundário. Lopes afirmou, no entanto, que “o volume não é significativo”.
 
Também ontem, o BC divulgou o resultado de 2012, que ficou positivo em R$ 24,615 bilhões – o melhor desde 2008. Segundo Lopes, esse número positivo decorre dos ganhos com operações em moeda estrangeira, que somaram R$ 75,7 bilhões. Esse ganho mais que compensou as perdas líquidas, em moeda local, de R$ 50,7 bilhões.
 
No ano, os ativos em moeda estrangeira apresentaram variação positiva de R$ 108,68 bilhões, aqui consideradas operações de compra de moeda no mercado doméstico, que somaram R$ 20,3 bilhões, incorporação de juros sobre as reservas (R$ 8,5 bilhões), marcação a mercado dos ativos (R$ 4,2 bilhões) e variação cambial sobre as reservas, que somaram R$ 63 bilhões ao ativo. “Como vocês sabem, o câmbio teve depreciação de 8,9% em 2012”, disse Lopes.
 
Já os ativos em moeda local apresentaram avanço de R$ 116,84 bilhões, para R$ 1,024 trilhão. As variações decorrem de ganho de R$ 52,5 bilhões de operações nas quais o BC doa liquidez ao mercado (compromisso de revenda), variação de títulos públicos na carteira com ajuste positivo de R$ 155,7 bilhões, dos quais R$ 89,4 bilhões são juros sobre esses títulos, e outros R$ 34,7 bilhões são resgates líquidos do Tesouro.
 
Fonte: Valor Econômico / Eduardo Campos / Leandra Peres – 01.03.13

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