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Bancos que tradicionalmente operam no segmento de empresas médias estão se reposicionando para financiar companhias de maior porte, com o claro objetivo de fugir da clientela de pior risco de crédito. É o caso de Indusval e ABC Brasil, que optaram por acelerar mais os desembolsos para o chamado segmento “corporate”.
 
“Demos uma freada no crescimento por causa do cenário econômico, uma apertada para sentir mais o cenário”, disse durante teleconferência com analistas Jair Ribeiro, co-presidente do Indusval, cuja carteira de crédito voltada para as companhias médias encolheu 21% em um ano, para R$ 1,26 bilhão. O banco decidiu não renovar ao longo do segundo trimestre R$ 367 milhões em operações. Já entre as pessoas jurídicas de maior porte, a carteira triplicou.
 
“Foi um trimestre desafiador no que diz respeito à aprovação de crédito, por isso a carteira de “middle market” ficou estável. No corporate, pudemos crescer porque são empresas que estão mais capitalizadas e mais preparadas para enfrentar o cenário adverso que temos vivido. Não há problema generalizado neste segmento”, disse Sérgio Lulia Jacob, vice-presidente do ABC Brasil.
 
Quem não está se reposicionando – pelo menos temporariamente – partiu para uma maior diversificação do risco, como o Daycoval. O banco reduziu o tíquete médio de desembolsos, alocando os recursos entre um número maior de clientes.
 
Outras instituições estão reforçando a análise de crédito. O BicBanco criou três comitês que têm a palavra final sobre a aprovação dos desembolsos, aumentando em 35% a equipe de análise. “De uma forma um tanto afoita nos deixamos levar pelo sentimento de otimismo dos últimos anos e fechamos operações de crédito”, afirmou Milto Bardini, vice-presidente de relações com investidores do Bic. Em 2011, a instituição registrou cerca de R$ 500 milhões em provisões para crédito.
 
Para o executivo, o 2º semestre ainda será “desafiador” para as companhias de médio porte. É uma opinião também compartilhada por Ribeiro, do Indusval. “Olhando para 2013, podemos voltar a crescer em carteira de spreads mais altos, voltando para o middle.” Sem citar datas, o ABC também disse que está à espera de melhores condições de mercado.
 
Na avaliação de Carlos Henrique de Almeida, economista da Serasa Experian, já se nota alguma melhora, especialmente nos setores que receberam incentivos fiscais do governo – caso da cadeia automotiva. Os segmentos dependentes das exportações continuam enfrentando mais dificuldades, já que a demanda externa segue em baixa. Almeida afirma que a recuperação da atividade econômica ficará mais evidente a partir do quarto trimestre, ajudando a reverter os números.
 
Fonte: Valor Econômico/ Carolina Mandl/ Talita Moreira – 13/09/2012

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