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O anúncio de que o Fed (banco central dos EUA) planeja manter as taxas de juros baixas pelos próximos dois anos, na semana passada, era convite claro aos americanos: saiam e comprem a crédito.
Mas muitos economistas afirmam que será preciso mais do que juros baixos para persuadir os consumidores, principais propulsores da economia norte-americana, a fazer novas dívidas.
Já existem sinais de que o recente tumulto nas Bolsas, a turbulência na Europa e o impasse em Washington quanto ao deficit federal assustaram os consumidores.
Na sexta-feira, dados preliminares indicavam que o índice de confiança dos consumidores compilado pela Thomson Reuters e pela Universidade de Michigan havia caído no mês para marca inferior à de novembro de 2008.
Com o desemprego alto, os consumidores parecem mais preocupados em liquidar suas dívidas passadas do que em contrair novas. E, ao revelar o que planeja para os próximos dois anos, o Fed pode ter convencido potenciais compradores a adiar aquisições de valor mais elevado.
Com novos riscos de um retorno à recessão, os economistas se preocupam com a possibilidade de que sejam necessários muitos anos para reduzir a dívida a proporções administráveis.
O mercado mais diretamente afetado pela relutância em tomar empréstimos é o da habitação. Porque o saldo devedor de muitas hipotecas residenciais continua maior que o atual valor de mercado dos imóveis, as pessoas não podem vender suas casas e se mudar para outras. Os compradores de automóveis com as melhores classificações de crédito podem receber empréstimos de modo mais fácil e com juros menores, diz Paul Taylor, economista chefe na Associação Nacional de Concessionárias de Automóveis.
Durante a recessão, a dificuldade de obter crédito restringiu fortemente a compra de automóveis, porque as financeiras estavam rejeitando até mesmo as pessoas com bons históricos de crédito.
Agora, montadoras estão elevando de novo seus empréstimos a pessoas com históricos menos favoráveis, mas relutam em aprovar grande número de compradores de risco.
A confiança entre as pessoas que planejam comprar carros neste ano é a mais baixa desde que dados sobre esse indicador começaram a ser recolhidos, em 2000.
Nos cartões de crédito, os juros na verdade subiram um pouco neste ano, em larga medida devido a novas regras que restringem a liberdade das empresas emissoras para cobrar tarifas e elevar juros de maneira intempestiva.
Mesmo que a decisão do Fed ajude a manter os juros firmes ou os derrube, as empresas não esperam que os consumidores subitamente comecem a comprar muito mais com cartões de crédito.

Fonte: Folha de S.Paulo – Motoko Rich e Tara Siegel Bernard | The New York Times – 16/08/2011

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