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Dois indicadores antecedentes da taxa de inadimplência abriram o ano prometendo um cenário melhor para o crédito em 2013. Em janeiro, o gasto mensal das famílias com dívidas financeiras retomou a trajetória de queda que vinha apresentando desde agosto do ano passado, interrompida em dezembro. Paralelamente, embora o endividamento das famílias tenha voltado a subir, a alta foi puxada pelo crédito imobiliário, o que diminui as pressões sobre o orçamento no curto prazo.
 
No primeiro mês do ano, em média, 21,65% da renda líquida das famílias eram destinados a honrar compromissos financeiros, ante 21,89% em dezembro, segundo dados disponíveis no site do Banco Central, com ajuste sazonal. Em janeiro de 2012, esse percentual era de 22,97%, o maior da série histórica, que começa em janeiro de 2005. “Hoje os casos de endividamento mais agudos foram atenuados, graças à série de multirões de acerto de dívidas e aos recursos do 13º salário. Essa é uma questão que já está encaminhada”, afirma Nicola Tingas, economista-chefe da Acrefi, associação que reúne as financeiras.
 
O comprometimento de renda é um dos fatores que explica a resistência dos calotes em um cenário em que o desemprego está na mínima histórica e a renda não para de crescer. “Tudo o mais constante, o aumento do gasto real das famílias com o serviço de dívidas contribui para o crescimento da inadimplência. Isto é, quanto maior o comprometimento da renda, maior a dificuldade em se honrar os compromissos”, escreve a MCM Consultores Associados em relatório sobre a inadimplência.
 
Outro indicador importante, o endividamento médio das famílias também se mostrou mais favorável em janeiro. O índice, que considera o saldo de operações de crédito para pessoa física em relação à renda acumulada das famílias em 12 meses estava em 43,57% em janeiro, ante 43,42% em dezembro. Em janeiro de 2012, era 42,07%. Porém, desconsiderando o crédito imobiliário, o indicador teve leve queda no mês, passando de 30,52% em dezembro para 30,50% em janeiro. O movimento é discreto, mas mostra que é o financiamento imobiliário que puxa o endividamento. Como a modalidade tem prazos mais longos e juros mais baixos, impacta menos o gasto com dívida no curto prazo.
 
“Nosso cenário para 2013 é de um aumento no endividamento, que deve chegar a 46% até o fim do ano, acompanhado de uma quase estabilidade do comprometimento de renda, em 21,5%”, diz Flávio Calife, economista do birô de crédito Boa Vista Serviços. Para ele, o comprometimento segue estável mesmo com o esperado aumento da taxa básica de juros (Selic).
 
Fonte: Valor Econômico / Felipe Marques – 02.04.13

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