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A tendência nos próximos anos para os bancos pequenos e médio porte é a composição do funding no mercado brasileiro, deixando em segundo plano as captações internacionais. Segundo especialistas e executivos, há espaço, instrumentos e recursos financeiros suficientes para sustentar as operações das instituições financeiras. Outro ponto favorável está na tendência de contínua queda da taxa básica de juros (Selic), o que estimula o investidor a procurar outros ativos, como as Letras Financeiras (LFs) e Certificados de Depósito Bancário (CDBs).
 
Os títulos bancários atingiram em julho de 2012 R$ 946 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Ambima).
 
Do total, as Letras Financeiras correspondem a R$ 209,016 bilhões, alta de 115% contra o mesmo período de 2011, quando somou R$ 97,383 bilhões. Do total, R$ 155,447 bilhões correspondem às LFs e R$ 53,487 bilhões às Letras Financeiras Subordinadas (LFS), segundo dados da Cetip. O estoque de CDBs, no entanto, apresenta leve queda, de R$ 715,403 bilhões em julho de 2011 para R$ 706,866 bilhões em 2012.
 
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Renato Oliva, o cenário é positivo para as captações no Brasil. “Há mercados que ainda não são totalmente explorados. O primeiro são os fundos de pensão, seguradoras e empresas de previdência que buscam onde investir. Há ainda os investidores menores, que procuram a melhor rentabilidade, como CDB.”
 
Oliva cita que a Letras Financeiras podem ser ampliadas quando houver o mercado secundário. “Vai deslanchar. É importante criar um mercado para que o investidor possa sair antes.”
 
Para exemplificar o tamanho e as possibilidades já existentes, o presidente da ABBC menciona que há estimativas de giro de R$ 500 bilhões no overnight – aplicações regatadas no dia seguinte. “Há disponível muito mais do que a necessidade de recursos para financiar o nível atual das carteiras dos bancos”, diz Oliva.
 
Pelo ponto de vista do investidor, Pedro Gualdi, analista-chefe da SLW Corretora, concorda que os ativos são procurados. “Com a queda dos juros [Selic, atualmente em 8% ao ano], os investidores procuram ativos mais exóticos. Como há o FGC [Fundo Garantidor de Crédito] garantindo R$ 70 mil dos depósitos, temos observado uma demanda boa pelos títulos dos bancos médios.”
 
Questionado sobre os casos no banco PanAmericano e Cruzeiro do Sul, que podem ter “arranhado” a imagem desse bancos, Gualdi ressalta a segurança do FGC. “Dependendo do volume investido, até R$ 70 mil está garantido.”
 
O ABC Brasil verificou, nos últimos 12 meses, condições mais atrativas para a captação local, com crescimento de 51,6%. O maior aumento, de cerca de 1200%, pode ser observado em Letras Financeiras, para R$ 713,9 milhões em junho deste ano, quando no ano passado o volume era de R$ 54,7 milhões.
 
Alexandre Sinzato, head de Relações com Investidores, detalha que o ABC Brasil não enfrenta dificuldades no mercado internacional. “O acesso está mais confortável, com prazos e processos.” O mercado internacional representa 18% do segundo trimestre, de R$ 11,999 bilhões.
 
O banco Pine também dá ênfase ao segmento de Letras Financeiras, com a emissão de R$ 313,2 milhões em abril de 2012, compondo o total de R$ 6,933 bilhões. “Havendo uma janela no segundo semestre, queremos participar das LFs novamente. É a debênture do mercado local com prazo mais longo”, revela Noberto Zaiet, vice-presidente de Relações com Investidores do Pine.
 
Zaiet afirma que a estratégia está na diversificação. Por esse motivo, o banco pode fazer uma nova captação no mercado islâmico e vai participar de eventos em Tóquio e em Dubai, em 2012.
 
Fonte: DCI/ Marcelle Gutierrez – 08/08/2012

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