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A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse ontem que os mercados emergentes enfrentam o novo risco de evitar excessos financeiros. “Eles precisam reconstruir o espaço político e fortalecer a regulação financeira e supervisão”, afirmou ela. Em relatórios divulgados nesta semana, o FMI destacou que o ambiente de juros próximos de zero e a elevada liquidez no mercado internacional tendem a aumentar os fluxos de capitais para países emergentes, e que lidar com esse cenário é um dos principais desafios que devem enfrentar.
 
Em entrevista à imprensa, Lagarde reiterou a avaliação de que o mundo avança hoje em três velocidades diferentes, com emergentes avançando a um ritmo mais forte, países como Estados Unidos, Suécia e Suíça num bloco intermediário e zona do euro e Japão atrás, embora ela tenha dito que o Japão configura um caso à parte. Ela elogiou a agressiva política monetária japonesa, mas disse que o país precisa também cuidar de outros aspectos, como a questão fiscal.
 
Lagarde enfatizou ainda que essa não é a recuperação mais saudável que o mundo pode ter. “Não é o suficiente. Precisamos de uma retomada a toda velocidade”, afirmou ela, dizendo que o processo não é sólido, sustentável ou equilibrado. A diretora-gerente do FMI destacou que os riscos de uma ruptura na economia global diminuíram muito. “Evitamos o pior”, disse Lagarde, observando, contudo, que a maior estabilidade do mercado financeiro não tem se traduzido em crescimento e emprego na velocidade que seria desejável.
 
A diretora-gerente do FMI disse ainda que estudos da instituição indicam que o desalinhamento entre moedas não é muito grande ou perturbador. Segundo ela, é algo a se monitorar à medida que se acompanha o desenvolvimento da política monetária nos países desenvolvidos, que estão em território não convencional, com juros próximos de zero. Lagarde disse ainda que, entre os bancos centrais dos países desenvolvidos, o Banco Central Europeu (BCE) ainda tem espaço de manobra. E vai depender do julgamento do BCE se é o caso de reduzir mais os juros.
 
A diretora-gerente do Fundo disse ter esperança de que a implementação do pacote de reforma do sistema decisório da instituição ocorra no curto prazo, mas o processo continua empacado. A aprovação das mudanças definidas em 2010, que elevam o poder de voto de países como o Brasil, depende da ratificação do Congresso americano, o que não deve acontecer em breve.
 
Ela afirmou ainda que, dada a natureza multilateral da instituição, espera muito que as autoridades americanas apoiem a proposta. “A nossa instituição precisa espelhar o mundo e a sua evolução para ser legítima e ter credibilidade”, afirmou ela.
 
Fonte: Valor Econômico / Sergio Lamucci – 19.04.13

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