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De carona na recuperação da atividade econômica, os bancos pequenos e médios retomam, aos poucos, as operações de crédito. A normalização da liquidez, promovida em grande parte pela atuação do Banco Central (BC), tem permitido a essas instituições operar com relativa tranquilidade, ainda que o ritmo de crescimento possa vir a se apresentar, nos balanços do terceiro trimestre, inferior ao dos bancos de grande porte. “Os bancos de middle market se capitalizaram e estão prontos para atender à demanda por crédito”, afirma Luís Miguel Santacreu, analista de instituições financeiras da Austin Rating. 

Os indicadores econômicos brasileiros amparam as perspectivas de crescimento das atividades do setor. “Os números do Ministério do Trabalho mostram a criação de 280 mil empregos em setembro. É mais gente consumindo e, consequentemente, acessando crédito”, observa Adalberto Savioli,presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi). De acordo com Savioli, que também é diretor de administração e risco de crédito do banco PanAmericano, o movimento de expansão dos financiamentos está sendo puxado pelas carteiras de veículos e consignados. “Estamos operando no mesmo nível daquele verificado antes da crise”, atesta. Os estoques de crédito desses dois segmentos somam, atualmente, R$150bilhões.

Os acordos para cessão de carteiras de empréstimos devem continuar sendo o principal motor de capitalização dos bancos pequenos e médios. Os Depósitos a Prazo com Garantia Especial (DPGE), criados em abril para dar fôlego às instituições durante a crise financeira, estão perdendo espaço no mercado. “ A taxa é alta se comparada aos demais instrumentos”, explica Santacreu, da Austin Rating.  O “pênalti” de 1% pago pelos bancos e direcionado ao Fundo Garantidor de Crédito  (FGC) não compensa, segundo o especialista. Santacreu faz as contas: com a Selic a 8,75%, a taxa de 1% equivale 11% de despesa. Se a taxa básica de juro fosse de20% ao ano, por exemplo, o custo seria de 5%, bem mais em conta. “Esses bancos não precisam mais arcar com uma despesa alta como essa para voltar a conceder crédito”, diz. Sinal de que o pior pode ter ficado para trás.

Fonte: Brasil Econômico/Aline Lima – 19/10/09

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