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Para reduzir a dependência de operações de crédito – que ficaram menos rentáveis depois do ciclo de corte de juros que apertou os spreads, e do aumento nos calotes no ano passado – os bancos médios continuaram a diversificar receitas no primeiro trimestre deste ano. Enquanto os ganhos com crédito recuaram 3,6%, os com serviços cresceram 42,5% no período, em relação a um ano antes.
 
De acordo com dados consolidados pela Austin Rating a pedido do Brasil Econômico, quatro dos seis bancos médios que já divulgaram seus balanços do primeiro trimestre (BTG, Safra, PanAmericano, ABC Brasil, Daycoval e Pine ) tiveram queda ou estabilidade nas receitas com crédito. Já nas outras receitas – com tarifas, cartões, administração de fundos, operações de câmbio e no mercado de capitais, onde alguns outros além do BTG já vem se aventurando (caso do ABC em fusões e aquisições) – também houve aumento considerável em quatro deles. Os lucros tiveram pequena alta, de 8,4% em 12meses no consolidado desses seis bancos.
 
A exceção foi o Banco PanAmericano – que a partir de hoje passa a se chamar Banco Pan. Depois de três trimestres no vermelho, a instituição registrou lucro de R$ 39 milhões, mais de 1.200% acima do registrado no primeiro trimestre de 2012. “A recuperação reflete o amadurecimento das ações de redirecionamento estratégico e reestruturação operacional do banco”, disse José Luiz Acar, presidente do PanAmericano, ao comentar os resultados.
 
O Pan foi também exceção em relação à queda nos depósitos no período. Com a quebra do Cruzeiro do Sul e do BVA no final do ano os investidores passaram a ficar novamente mais arredios em relação a emprestar dinheiro para essas instituições, o que encareceu as captações. Cinco bancos registraram queda na captação.
 
“Daqui para a frente, porém, a alta dos juros e o novo limite de R$ 250mil para garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) devem ajudá-los a recuperar receitas com crédito”, diz Carlos Daltozo, analista da BB Investimentos.
 
“Ampliar o limite foi uma estratégia muito acertada do FGC”, concorda Erivelto Rodrigues, presidente da Austin. “No primeiro trimestre as cessões de carteira ficaram mais caras e as oportunidades no mercado externo não se mostraram atraentes para esses bancos”, diz ele. Para o especialista, com a alta dos juros, os spreads devem se recuperar assim como a qualidade da carteira de crédito. Mas a rentabilidade deve ficar em torno de 15% neste ano”, diz Rodrigues. “E os lucros devem se manter estáveis.”
 
Fonte: Brasil Econômico / Léa De Luca – 14.05.13

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