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Sensível aos apelos da indústria automobilística, o Ministério da Fazenda quer evitar que os estoques acumulados nas concessionárias e nos pátios das montadoras evolua para uma crise no setor. O governo pode agir nos próximos dias para baratear o crédito na aquisição de veículos, reduzindo de 0,5 a até um ponto percentual a alíquota de 2,5% do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incide nas operações de financiamento. A ideia é que a atuação oficial fique restrita ao crédito. Novos estímulos tributários à indústria estão praticamente descartados, uma vez que o espaço fiscal do governo para o ano está comprometido.

Representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) têm concentrado seus esforços em obter uma nova redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Na terça-feira, o presidente da Anfavea e da Fiat, Cledorvino Belini, se encontrou com o ministro Guido Mantega. No dia seguinte, voltaram a conversar por telefone. Ontem, representantes da Anfavea se reuniram com integrantes do alto escalão da Fazenda.

No governo, a avaliação é que o atual ciclo de crescimento acelerado no consumo de veículos está esgotado. Nos últimos 16 anos, o aumento da frota foi maior que o da população. Em 1996, ano que marca o início da nova onda de investimentos no setor, 17,6 milhões de carros, caminhões e ônibus rodavam pelo país. Em 2011, eram 34,9 milhões. A quantidade de habitantes por veículo, que mede o potencial do mercado, caiu de 9,1 para 5,5. Nos mercados maduros, como EUA e Japão, esse índice fica entre 1,2 e 1,7. A indústria está pronta para elevar a capacidade das fábricas brasileiras em 25% até 2015 – uma produção anual em torno de 5 milhões de veículos.

Correr até o governo cada vez que as vendas diminuem é um exercício que as montadoras praticam desde a década de 50, mesmo que dias depois os resultados comecem a melhorar, como aconteceu neste mês. O volume de automóveis e comerciais leves licenciados na primeira quinzena de maio cresceu 9,74% em relação à primeira metade de abril. Na comparação com a primeira quinzena de maio de 2011, o resultado é 5,31% maior. Se esses números se repetirem até o fim do ano, as vendas ficarão ligeiramente abaixo do recorde de 3,663 milhões de unidades de 2011.

Fonte: Valor Econômico/ João Villaverde e Marli Olmos – 18/05/2012

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