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As perspectivas de desaceleração do nível de consumo no país durante o segundo trimestre, divulgadas em pesquisa do Provar (Programa de Administração do Varejo) e FIA (Fundação Instituto de Administração), não devem, de qualquer forma, se manter durante o resto do ano, considerando as sazonalidades características do varejo e a promessa de mais facilitais no crédito.

A observação é do professor de Economia da Universidade de São Paulo, Heron do Carmo, e encontra consenso com os economistas da FIA. Levantamento realizado na Grande São Paulo mostrou que 58% dos entrevistados têm intenção de comprar vens duráveis entre abril e junho. É o pior índice desde o primeiro trimestre de 2008 (56,6%). E o resultado reflete de forma negativa sobre algumas categorias de bens, como eletroportáteis (-58,6%), eletroeletrônicos (-40%) , imóveis (-35,5%) e móveis (-31,3%), no segundo trimestre deste ano na comparação com igual período de 2011. O segmento automóveis e motos também registrou índice negativo, de 9,7%.

?Os dados são preocupantes e reforçam a intenção anunciada pelo Banco Central de reduzir a taxa Selic em 0,75 ponto percentual neste mês?, afirma Heron. Hoje, a taxa básica está em 9,75% ao ano.

Para Heron, as projeções ruins para imóveis e automóveis são as que mais preocupam, por sua importância no desempenho da economia nacional.

No caso de imóveis, a intenção de compra no segundo trimestre (4%) é a pior da série histórica, iniciada em 2007. Embora hoje os sinais do BC sejam a favor de juros menores, economistas apontam que as reduções na taxa básica ainda pouco influem no bolso dos consumidores, como na hora de empréstimos pessoais e cobranças do cheque especial.

Em fevereiro, a taxa média de juros ao consumidor chegou a 45,4% ao ano, ante 43,8% no mesmo mês do ano passado.
Segundo a pesquisa, os gastos familiares também estarão mais comprometidos com crediários até junho. Durante o segundo trimestre, 17,6% da renda familiar estará destinada aos crediários. Em 2011, esse índice era de 11,4%.

?As projeções da FIA deixam uma dúvida sobre o ritmo de recuperação da economia, mas a perspect iva é de melhora do varejo a partir do segundo semestre, com uma maior procura por crédito trazendo mais otimismo?, conclui Heron.

Fonte: Brasil Econômico/ Rafael Abrantes – 12/03/2012

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