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A rentabilidade das reservas internacionais em 2011 chegou a 3,6%, segundo relatório anual do Banco Central. O desempenho foi superior ao de 2010 (1,82%), mas abaixo da média anual de 4,7% observada entre 2003 e 2011. O dólar americano perdeu fatia como destino de aplicação. A exposição caiu pelo quarto ano seguido, para a menor participação desde 2005. Abriu, assim, espaço a ativos relacionados a outras moedas no portfólio.
 
“O ambiente de baixas taxas de juros observado no mercado financeiro internacional implicou menor rentabilidade, quando comparada ao valor médio histórico”, justifica o BC no documento.
 
No fim de 2011, as reservas internacionais brasileiras totalizavam US$ 352 bilhões, 21,9% acima da posição de dezembro de 2010.
 
As aplicações em dólar caíram de 81,8% do estoque em dezembro de 2010 para 79,6% em 2011. O dólar canadense ficou praticamente estável, em 6%. O euro subiu de 4,5% em 2010 para 4,9%. Em seguida aparecem: dólar australiano (3,1%), libra esterlina (3%) e iene (1%). De todo o estoque das reservas, 2,4% são aplicados em outras moedas, como a coroa sueca e a coroa dinamarquesa, as duas novidades na carteira de investimentos.
 
A mudança de perfil entre 2003 e 2005 refletiu, segundo o BC, o empréstimo contraído no Fundo Monetário Nacional (FMI), em direito especial de saque (DES), referência do Fundo composta por uma cesta de moedas. “Com sua integral liquidação, alterou-se a composição da dívida externa soberana, voltando o dólar americano a ter maior proporção, fato que refletiu, consequentemente, na distribuição por moeda das reservas internacionais”, afirma o BC.
 
A fim de diminuir o risco de crédito bancário, o BC aumentou em 2011 a alocação em títulos de agências governamentais e de organismos supranacionais em detrimento de depósitos em bancos centrais.
 
A participação dos títulos governamentais subiu para 83,5%, ante 80,2% do fim de 2010. Ainda é menor, porém, do que o verificado em 2009, quando 89,8% das reservas estavam alocadas nesses títulos. Os investimentos em títulos de agências governamentais e organismos supranacionais subiram para 7,1% e 4,4%, respectivamente, ante 5,9% e 1,8% do ano anterior.
 
Já os depósitos em bancos centrais caíram de 1,2% do total de investimentos em 2010 para apenas 0,3% no fim de 2011. Redução mais significativa ainda ocorreu na alocação em depósitos em organismos supranacionais. Eles responderam no ano passado por 3,8% dos investimentos das reservas internacionais brasileiras, ante 10,2% registrados em 2010. Apenas 0,8% do total das reservas foram aplicadas em outras classes de ativos, como o ouro.
 
O prazo médio de investimento do Brasil estava perto de 2,75 anos no fim do ano passado, ante 1,85 ano em dezembro de 2010. O BC explica que a escolha do prazo médio das reservas internacionais atende a critérios de “segurança, liquidez e rentabilidade”.
 
O risco de mercado das reservas internacionais subiu no ano passado. O Valor em Risco (Var) total aumentou da mínima histórica de 2,64%, registrada em 2010, para 3,08%. O BC esclarece, porém, que o patamar ainda está abaixo da média histórica a partir de 2003.
 
O que puxou a alta foi o risco de juros, que subiu significativamente em 2011, para 2,8%, ante média anual de 1,6% em 2010. “Isso aconteceu principalmente em função do aumento do prazo médio anual de investimento de 2011 em relação a 2010”, diz o BC. Já o risco de moedas manteve-se praticamente estável “em virtude de pequenas alterações na distribuição por moedas das reservas”.
 
Nos testes de estresse realizados pelo BC, outra forma de mensurar o risco de mercado, calculou-se que variações (depreciação ou apreciação) de 30% na taxa de câmbio gerariam ganhos ou perdas de US$ 21,07 bilhões. Variações de 5% gerariam ganhos ou perdas da ordem de US$ 3,51 bilhões. No caso das taxas de juros internacionais, uma variação de 0,5 ponto percentual acarretaria perda de US$ 4,4 bilhões, enquanto uma mudança de 5 pontos percentuais, prejuízo de US$ 39,5 bilhões.
 
Fonte: Valor Econômico/ Murilo Rodrigues Alves – 20/07/2012

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