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Dentro da fórmula da inadimplência recorde nos financiamentos de veículos, os carros usados têm puxado as taxas para cima.

Junto com os carros populares, os seminovos foram os principais afetados pelas mudanças no critério de concessão do crédito e acabaram encalhando nos pátios de concessionárias, o que levou à redução de preços.

Marcelo Jallas, da concessionária Amazon, conta que hoje vende carros usados a cerca de 80% do valor da tabela Fipe – referência para preços de automóveis. Há menos de um ano, a venda era por 90% do valor da tabela.

O problema é que a maior parte dos veículos usados era financiada com planos de longa duração, que deixaram de ser pagos na medida em que as condições econômicas pioraram, com alta da inflação e mais dificuldade de acesso a outras formas de crédito, diz Evandro Garms, da concessionária Germânica.

Com a desvalorização do usado, diminui o valor que o banco consegue com o carro em leilão, caso opte por retomar o carro do cliente inadimplente. “A garantia real do automóvel não cobre a dívida do cliente por inteiro e o problema da inadimplência persiste”, diz Celso Grisi, da USP.

Com a busca e apreensão se tornando uma alternativa cada vez menos atraente, os bancos têm ampliado o poder de fogo das empresas de cobrança. “Os bancos estão nos dando melhores condições de renegociação. Em termos gerais, estamos conseguindo aumentos de 20% nos prazos [em relação à dívida original]”, diz José Romeu Roque, presidente da Associação Nacional das Empresas de Recuperação de Crédito (Aserc). Para Roque, como janeiro e fevereiro, os piores meses para renegociações, já ficaram para trás, a chance é que haja uma maior recuperação de dívidas nos próximos meses.

O próprio Itaú destaca, em seu relatório de resultados do quarto trimestre, o maior esforço de renegociação. “A principal razão para redução das provisões sobre a carteira é o aumento da incidência de renegociações de créditos com garantia real (veículos, notadamente)”. A provisão para créditos de liquidação duvidosa sobre a carteira renegociada do banco foi de 41,9% no quarto trimestre, 0,3 ponto percentual menor que no trimestre imediatamente anterior.

Fonte: Valor Econômico/ Felipe Marques – 16/04/2012

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