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Os bancos centrais das grandes economias estão prontos para adotar medidas para estabilizar os mercados financeiros e impedir um aperto de crédito se o resultado das eleições gregas, no domingo, provocar turbulências nos negócios, informaram ontem à “Reuters” autoridades do G-20.
 
Uma autoridade graduada dos Estados Unidos alertou que as eleições na Grécia não fornecerão “o sinal definitivo do que vai acontecer em seguida” na crise da dívida da zona do euro.
 
Mas se tensões graves surgirem no mercado após uma confluência incomum de três eleições neste fim de semana – há pleitos importantes também no Egito e na França -, os bancos centrais estarão de prontidão para assegurar um fluxo de dinheiro suficiente para o sistema financeiro.
 
“Os bancos centrais estão se preparando para uma ação coordenada para fornecer liquidez”, disse um assessor graduado
do G-20 a par das discussões entre os diplomatas financeiros internacionais. Sua declaração foi confirmada por várias outras autoridades do G-20.
 
Isso poderá representar um pano de fundo dramático para o encontro do G-20 em Los Cabos, México, nos dias 18 e 19, em que a escalada da crise na Europa está no topo da agenda.
Líderes serão acompanhados de seus ministros das finanças, que atuarão como consultores. Os ministros, que normalmente mantêm um perfil reservado nesses encontros, têm um jantar de trabalho agendado para a segunda-feira, e um almoço para a terça.
 
Dependendo da gravidade da resposta do mercado, uma reunião de emergência de ministros do G-7, o grupo dos sete países mais industrializados do mundo, poderá ser realizada na segunda ou na terça-feira em Los Cabos, com os bancos centrais participando por telefone, informou uma segunda autoridade do G-20.
 
A primeira linha de defesa provavelmente será um comunicado de que os formuladores de políticas estão prontos para adotar as medidas necessárias para garantir a estabilidade dos mercados.
 
Isto normalmente é um sinal para medidas técnicas para a manutenção do fluxo de dinheiro pelo sistema financeiro. Linhas de troca de câmbio já estão implementadas e poderão ser usadas para garantir que haverá dólares em quantidades suficientes se os investidores globais correrem para a segurança dos ativos americanos. Os banco centrais também poderão realizar leilões extras para fornecer dinheiro de curto prazo para os bancos via acordos de recompra.
 
O ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, anunciou, durante um jantar com banqueiros em Londres, medidas para evitar que um aprofundamento da crise da dívida da zona do euro contamine o seu sistema financeiro. Osborne disse que o Banco da Inglaterra (BoE) vai oferecer aos bancos britânicos um acesso sem precedentes a linhas de financiamento e liquidez em troca do compromisso de continuar concedendo empréstimos.
 
Osborne chamou o novo esquema para inundar os bancos com financiamento barato de “financiamento para empréstimo”.
 
O ministro também anunciou que o BoE vai ativar em breve um fundo de emergência de liquidez estabelecido no fim do ano passado, mas que ainda não foi utilizado, para que os bancos possam recorrer, caso as condições já difíceis do mercado se agravem.
 
“Não estamos impotentes diante da tempestade da dívida da zona do euro. Juntos, podemos empregar um novo poder de fogo para defender nossa economia da crise à nossa porta”, disse Osborne. “Estamos arregaçando as mangas e fazendo tudo que é possível para proteger as famílias e empresas britânicas.”
Osborne, afirmou que sua prioridade imediata é conter as condições de aperto financeiro no sistema britânico e o aumento nos custos de financiamento dos bancos provocado pela crise na zona do euro, uma vez que a falta de crédito está prejudicando as empresas e custando empregos. Segundo Osborne, a crise da zona do euro é a principal fonte de nervosismo econômico que atinge o Reino Unido.
 
Osborne disse que o esquema de “financiamento por empréstimo” deverá estar funcionando em uma questão de semanas. Sob a proposta, as instituições financeiras poderão recorrer ao Banco da Inglaterra (BoE) para obter fundos em troca de colaterais a uma taxa mais baixa que aquelas praticadas nos mercados de financiamento normais, mas apenas se esses fundos forem canalizados para linhas de empréstimos pra famílias e negócios não financeiros.
 
O BoE vai monitorar atentamente os dados de concessão de empréstimos para garantir o cumprimento da contraparte dos bancos, segundo funcionários do banco central.
 
Osborne disse que o volume do esquema, que vai vigorar por quatro ano, vai depender do montante de novos empréstimos tomados pelos bancos, mas um aumento de 5% no estoque de crédito equivaleria a 80 bilhões de libras (US$ 124 bilhões).
 
Hoje, o BoE pretende informar o volume e a data do primeiro leilão sob sua nova linha de recompra a termo de colaterais estendido (ECTR, na sigla em inglês), que vai oferecer empréstimos em libras por seis meses a qualquer banco com necessidade desesperada de fundos.
 
Em seu discurso, Osborne disse que o comitê de política financeira do BoE, um novo órgão criado para monitorar o sistema financeiro e lidar com as ameaças à sua estabilidade, também terá como objetivo dar suporte à política econômica do governo.
 
O ministro expressou frustração com o fracasso de seus colegas da zona do euro em colocar um fim à crise, dizendo que “chegou a hora para se tomar decisões”.
 
Fonte: Valor Econômico/ Agências internacionais – 15/06/2012

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