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As concessionárias de veículos bateram todos os recordes de vendas de automóveis e comerciais leves em setembro, último mês do desconto integral do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros novos.

Segundo levantamento divulgado ontem pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram vendidas 296.651 unidades no mês passado, o que representou aumento de 19,85% em relação a agosto. Na comparação com setembro de 2008, a alta foi de 16,71%.

O recorde anterior era de junho deste ano, quando foram vendidos 289.792 automóveis e comerciais leves.

“O desempenho positivo foi consequência não apenas da redução da alíquota do IPI, mas também do aumento da oferta de crédito”, disse o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze.

Para ele, a volta gradual da alíquota do IPI chega num momento em que a economia está praticamente restabelecida, há oferta de crédito de longo prazo a juros baixos e os consumidores estão confiantes.

“Com a volta do imposto, as vendas de veículos devem se retrair um pouco, por causa da antecipação de compras para aproveitar o desconto integral do IPI”, disse Reze.

Segundo ele, os preços devem sofrer aumento médio de 1% em relação aos valores faturados pelas montadoras. Desde ontem, a alíquota do IPI para carros com motorização 1.0, por exemplo, passou de zero para 1,5%. No mês que vem, ela subirá para 3%; em dezembro chegará a 5% e, em janeiro, voltará para os 7% originais.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, não descarta a possibilidade de prorrogação da redução do imposto para 2010.

Jorge tem dito que está mantido o cronograma de volta gradual da alíquota do imposto, mas o governo vai acompanhar o comportamento do mercado. Se houver necessidade, segundo o ministro, o governo faria a prorrogação ou tomaria outras medidas.

Boa parte das concessionárias promete bancar o IPI menor, ao menos até o próximo domingo. “Vamos manter o IPI de todos os modelos de veículos para nossos clientes até o feirão de domingo”, afirma Carlos Palazzini, dono da Palazzo, que revende as marcas Chevrolet, Peugeot, Cherry e Kia.

“Na segunda-feira, vamos decidir o que fazer, dependendo do que acontecer”, acrescentou. Segundo ele, as vendas de setembro foram as melhores dos últimos 24 meses. As 12 lojas do grupo venderam cerca de 1,5 mil unidades, entre novos e usados (25% do total).

Segundo Palazzini, a disposição do consumidor de ir às compras é tamanha que alguns modelos Chevrolet, como Classic e Celta, já têm fila de espera de 15 dias para entrega.

De janeiro a setembro, as vendas acumuladas de automóveis e comerciais leves superaram o recorde do ano passado. De acordo com a Fenabrave, foram vendidos 2,211 milhões de unidades, o que representou aumento de 5,49% em relação a igual período de 2008.

Já o segmento de caminhões ainda não se recuperou da forte queda da demanda ocorrida desde os últimos meses do ano passado. Em setembro, as concessionárias venderam 10.082 caminhões, com acréscimo de 18,46% sobre agosto.

Mesmo assim, as vendas do segmento ainda acumulam no ano queda de 20,23% em relação a 2008. Entre janeiro e setembro, foram negociadas 74.414 unidades, ante 93.286 no mesmo período do ano passado.

“A redução reflete o impacto que a crise financeira teve no movimento de transporte de cargas”, observou o presidente da Fenabrave.

Ele ressaltou, no entanto, que setor já está reagindo com o aquecimento da atividade econômica”.

Fonte: O Estado de S.Paulo/Marcelo Rehder – 02/10/09

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