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A recuperação do setor de serviços está tão difícil quanto a do setor industrial. É o que sugerem diversas pesquisas em toda a Ásia e Europa divulgadas ontem e que intensificaram o temor com a saúde da economia mundial.

Índices de gerentes de compras (PMI, em inglês) indicam que o crescimento do setor de serviços desacelerou acentuadamente em muitas das maiores economias do mundo, muitas vezes caindo para, ou abaixo de, níveis vistos pela última vez quando a economia mundial rastejava durante a recessão de 2009.

Divulgados na esteira de números extremamente fracos sobre o emprego nos EUA, anunciados na sexta-feira, e dos dados desfavoráveis sobre o setor industrial da semana passada, os números revelados ontem mostram que o setor de serviços privado – o mais importantes nas economias avançadas – não está suficientemente forte para impedir uma desaceleração econômica mundial.

Na China, índices conflitantes sobre a atividade do setor de serviços mostraram, ambos, um crescimento em rápido esfriamento, embora não proporcionem uma indicação confiável sobre a rapidez com que a economia está esfriando. O índice PMI compilado pelo HSBC e pela Markit, uma consultoria econômica, caiu para 50,3 em agosto, ante 53,5 em julho, inferior até mesmo ao mínimo registrado no auge da crise financeira mundial.

Embora índices PMI em torno de 50 sejam muitas vezes interpretados como limiar entre crescimento e contração, o setor de serviços da China ainda está crescendo. Qu Hongbin, economista do HSBC para a China, acredita que os resultados chineses, apesar de ruins, são coerentes com um crescimento de 8% a 9%.

“Os gastos dos consumidores, ainda resistentes, sugerem que o setor de serviços na China provavelmente registrará moderação, e não colapso, nos próximos meses”, escreveu Hongbin em nota enviada a clientes.

O outro índice PMI chinês, elaborado pela Federação Chinesa de Logística e Compras, caiu para 57,6 em agosto, ante 59,6 em julho, confirmando a tendência de desaceleração, ainda que não aponte para um nível de crescimento geral da economia.

Na zona do euro, o índice PMI do setor de serviços de agosto revelou-se coerente com a estimativa pessimista inicial de duas semanas atrás, sugerindo que o crescimento da atividade no setor de serviços europeu caiu para seu nível mais fraco desde setembro de 2009.

A leitura de 51,5 em agosto, abaixo dos 51,6 de julho, sugere ser “improvável que o crescimento econômico no terceiro trimestre melhore em relação aos 0,2% vistos nos três meses até junho”, afirmou Chris Williamson, da Markit, empresa de consultoria econômica responsável pelos números europeus.

François Cabau, do Barclays Capital, advertiu que, com o índice de confiança da Comissão Europeia também em forte queda, “em breve poderá estar em andamento um círculo vicioso”, em qual a baixa confiança resultaria em menor atividade, o que corroeria ainda mais a confiança.

No Reino Unido, o índice de serviços PMI caiu mais que o previsto, em declínio mensal superior a qualquer outro visto durante a crise, embora o patamar verificado, de 51,1, ainda esteja bem acima das pontuações mínimas registradas no início de 2009.

A queda levou os índices PMI de serviços e indústria do Reino Unido de volta ao território em que estavam antes da flexibilização monetária anterior. Os dados equivalentes para os EUA serão divulgados hoje, devido ao feriado de ontem no país.

Fonte: Valor Econômico – Chris Giles | Financial Times – 06/09/2011

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