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O Banco Central decidiu na última quarta-feira (3) aumentar a Selic (taxa básica de juro) de 11,25% ao ano para 11,75% a.a. De acordo com o BC, um dos principais objetivos deste aumento é conter o avanço da inflação e, para isso, ele age como um “freio” do consumo, a partir do momento em que o crédto ao consumidor final também é elevado.
Mas, de acordo com o especialista do Money Fit, Antônio de Julio, a decisão do BC não deve influenciar o preço dos produtos, já que um dos principais responsáveis pelo avanço da inflação são os alimentos e eles não subiram por conta do aumento da demanda, mas, sim, devido ao encarecimento das commodities agrícolas.
Além disso, para o especialista, esse aumento da Selic não será suficiente para reduzir o consumo no curto prazo. “A economia ainda está muito aquecida, as pessoas não vão deixar de comprar por conta da alta da Selic e os preços não vão recuar”, acredita.
Produção das empresas
O profissional aponta ainda que o aumento da taxa básica de juro também influencia negativamente na produção das empresas e, consequentemente, os produtos que são comercializados por elas.
“Com os juros mais altos, as empresas ficam com mais dificuldade em tomar crédito junto aos bancos. Assim, elas acabam investindo menos em equipamentos e pessoal e seus produtos ficam defasados e com qualidade inferior, prejudicando os consumidores”, afirma o professor.
Especulação
Outro aspecto negativo é a especulação sobre as taxas de juros, que faz com que muitos investidores prefiram apostar nas altas taxas, em vez de investirem nas empresas pela compra de ações.
“Assim as empresas também deixam de ganhar e têm seu patrimônio reduzido, o que também pode prejudicar o consumo”, diz o profissional. “Sem contar que, para quem tem dinheiro, vale mais a pena investir em títulos de renda fixa e viver de rendimentos do que abrir uma empresa e criar mais empregos, por exemplo”, completa.
Aumento dos juros para o consumidor
Por fim, o próprio aumento das taxas de juros ao consumidor final é outro aspecto negativo apontado por De Julio para o bolso do consumidor. O profissional afirma que, com o aumento da Selic, os bancos devem repassar uma parte da taxa para o consumidor final. “Os bancos têm uma desculpa perfeita para aumentarem as taxas de juros, que já são extrememente altas”, diz.
Já para a Anefac, a elevação Selic terá um efeito pequeno nas operações de crédito. Isto porque, segundo a entidade, “existe um deslocamento muito grande entre a taxa Selic e as taxas cobradas ao consumidor, que na média da pessoa física atingem 122,46% ao ano, provocando uma variação de mais de 900% entre as duas pontas”.
Exemplos
Para exemplificar, a Anefac fez algumas simulações de utilização de crédito com a taxa Selic antiga (11,25% a.a.) e a atual (11,75% a.a.). Veja abaixo:
Cheque especial:
Utilização de R$ 1 mil por 20 dias
Antes – taxa de 7,63% ao mês – R$ 50,87 de juros
Agora – taxa de 7,67% ao mês – R$ 51,13 de juros
Elevação de R$ 0,26 no período
Cartão de crédito
Utilização do rotativo de R$ 1 mil por 30 dias
Antes – taxa de 10,69% ao mês – R$ 106,90 de juros
Agora – taxa de 10,73% ao mês – R$ 107,30 de juros
Elevação de R$ 0,40 no mês
Empréstimo pessoal – Bancos
Empréstimo no valor de R$ 1 mil por 12 meses
Antes –  taxa de 4,85% ao mês – zero de entrada mais 12 prestações de R$ 111,87 – total R$ 1.342,44
Agora – taxa de 4,89% ao mês – zero de entrada mais 12 prestações de R$ 112,13 – total R$ 1.345,56
Elevação de R$ 0,26 na prestação ou de R$ 3,12 no total
Fonte: InfoMoney, 03/03/2011

Saiba como o aumento da taxa Selic influencia no seu bolso
SÃO PAULO – O Banco Central decidiu na última quarta-feira (3) aumentar a Selic (taxa básica de juro) de 11,25% ao ano para 11,75% a.a. De acordo com o BC, um dos principais objetivos deste aumento é conter o avanço da inflação e, para isso, ele age como um “freio” do consumo, a partir do momento em que o crédto ao consumidor final também é elevado.

Mas, de acordo com o especialista do Money Fit, Antônio de Julio, a decisão do BC não deve influenciar o preço dos produtos, já que um dos principais responsáveis pelo avanço da inflação são os alimentos e eles não subiram por conta do aumento da demanda, mas, sim, devido ao encarecimento das commodities agrícolas.

Além disso, para o especialista, esse aumento da Selic não será suficiente para reduzir o consumo no curto prazo. “A economia ainda está muito aquecida, as pessoas não vão deixar de comprar por conta da alta da Selic e os preços não vão recuar”, acredita.

Produção das empresas
O profissional aponta ainda que o aumento da taxa básica de juro também influencia negativamente na produção das empresas e, consequentemente, os produtos que são comercializados por elas.

“Com os juros mais altos, as empresas ficam com mais dificuldade em tomar crédito junto aos bancos. Assim, elas acabam investindo menos em equipamentos e pessoal e seus produtos ficam defasados e com qualidade inferior, prejudicando os consumidores”, afirma o professor.

Especulação
Outro aspecto negativo é a especulação sobre as taxas de juros, que faz com que muitos investidores prefiram apostar nas altas taxas, em vez de investirem nas empresas pela compra de ações.

“Assim as empresas também deixam de ganhar e têm seu patrimônio reduzido, o que também pode prejudicar o consumo”, diz o profissional. “Sem contar que, para quem tem dinheiro, vale mais a pena investir em títulos de renda fixa e viver de rendimentos do que abrir uma empresa e criar mais empregos, por exemplo”, completa.

Aumento dos juros para o consumidor
Por fim, o próprio aumento das taxas de juros ao consumidor final é outro aspecto negativo apontado por De Julio para o bolso do consumidor. O profissional afirma que, com o aumento da Selic, os bancos devem repassar uma parte da taxa para o consumidor final. “Os bancos têm uma desculpa perfeita para aumentarem as taxas de juros, que já são extrememente altas”, diz.

Já para a Anefac, a elevação Selic terá um efeito pequeno nas operações de crédito. Isto porque, segundo a entidade, “existe um deslocamento muito grande entre a taxa Selic e as taxas cobradas ao consumidor, que na média da pessoa física atingem 122,46% ao ano, provocando uma variação de mais de 900% entre as duas pontas”.
Exemplos
Para exemplificar, a Anefac fez algumas simulações de utilização de crédito com a taxa Selic antiga (11,25% a.a.) e a atual (11,75% a.a.). Veja abaixo:

Cheque especial:

Utilização de R$ 1 mil por 20 dias
Antes – taxa de 7,63% ao mês – R$ 50,87 de juros
Agora – taxa de 7,67% ao mês – R$ 51,13 de juros
Elevação de R$ 0,26 no período

Cartão de crédito

Utilização do rotativo de R$ 1 mil por 30 dias
Antes – taxa de 10,69% ao mês – R$ 106,90 de juros
Agora – taxa de 10,73% ao mês – R$ 107,30 de juros
Elevação de R$ 0,40 no mês

Empréstimo pessoal – Bancos

Empréstimo no valor de R$ 1 mil por 12 meses
Antes –  taxa de 4,85% ao mês – zero de entrada mais 12 prestações de R$ 111,87 – total R$ 1.342,44
Agora – taxa de 4,89% ao mês – zero de entrada mais 12 prestações de R$ 112,13 – total R$ 1.345,56
Elevação de R$ 0,26 na prestação ou de R$ 3,12 no total

Fonte: InfoMoney, 03/03/2011

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