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Taxa perto de zero pode trazer recessão de volta, alerta banco, mas economistas entendem que aperto financeiro é pior

Conhecido como o banco central dos bancos centrais, o BIS não está satisfeito com o ritmo da retomada da economia global. O avanço para superar a crise de 2008 ainda não teria se solidificado. Tanto que a instituição fez um alerta em recente relatório.

Conforme o banco com sede na Suíça, a recuperação econômica dos países está frágil e incompleta. O BIS recomenda que governos e o sistema financeiro tomem alguma atitude para impedir uma recaída à recessão.

Quase três anos depois do início da crise financeira global, algumas economias desenvolvidas e instituições financeiras continuam dependendo do apoio de governos ou organismos internacionais.

A adoção de baixas taxas, destinadas a estimular o crescimento econômico, está fazendo com que famílias e bancos reduzam as enormes dívidas que ocasionaram a crise do crédito, pondera o banco. Porém, aponta a instituição, “manter as taxas de juros perto do zero por muito tempo, com liquidez abundante, leva a distorções e cria riscos para a estabilidade financeira e monetária”.

Alguns economistas se opõem à essa constatação, alegando que uma política monetária mais apertada e cortes nos orçamentos é que podem causar um repique na recessão. Em vez disso, o BIS afirma que taxas de juros baixas inflam preços, favorecem riscos, atrasam o reconhecimento de perdas, desencorajam a poupança e ainda distorcem as decisões de investimento. Por essas razões, os países “devem continuar a apertar a política monetária mais cedo do que as perspectivas da macroeconomia possam sugerir”, informa o BIS.

Governos podem implementar medidas pressionados pelo mercado

Os bancos continuam vulneráveis a novas perdas, mesmo que alguns não tenham reconhecido todos os grandes prejuízos que já tiveram. Instituições financeiras podem também encarar um problema de liquidez quando precisam refinanciar suas dívidas se “a situação se torna adversa”, alerta a instituição, que acrescenta: “os esforços parar reestruturar e fortalecer o sistema financeiro devem continuar”.

O BIS ainda aponta para “insustentáveis” níveis de dívidas soberanas. Os países devem reduzir seus déficits e introduzir reformas estruturais, independentemente das consequências: “essa medida pode ter efeitos adversos em curto prazo no crescimento da produção, mas a alternativa de ter de lidar com uma súbita perda de confiança no mercado seria muito pior”.

Países com déficits altos, como Grã-Bretanha, Grécia e Espanha, asseguraram em fevereiro que iriam dar prioridade ao crescimento com cortes no orçamento, para evitar o retorno à recessão. De qualquer maneira, a turbulência do mercado e a falta de apetite de investidores para os títulos dessas nações permitem que seus governos façam o oposto, e implementem medidas pressionados pelo mercado. Os países precisam recuperar a confiança do mercado para o caso de terem de salvar uma instituição financeira, no entender do BIS.

Tradução: Fernanda Pandolfi

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