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A exigência por transparência nas empresas de capital aberto nunca esteve tão grande. Investidores profissionais, iniciantes ou não, veem no mercado de capitais uma opção atrativa para maximar suas economias no menor espaço de tempo. De olho nesses investidores, a empresa recorre ao profissional de relações com investidores – ou simplesmente o RI -, para apresentar as oportunidades de retorno da companhia.”O grande desafio do profissional de RI é saber falar sobre os fundamentos da empresa descrevendo as vantagens competitivas e ter agilidade para fazer cálculos comparativos”, disse a diretora de RI da Bematech, Monica Carvalho Molina. “Precisa estar sempre atualizado, pois a tendência é que ele encontre questionamentos que exijam conhecimento prévio”, acrescenta Monica à lista de exigências de um bom gestor de RI.

Cabe ao RI apresentar a situação econômico- financeira da companhia a uma audiência bastante diversificada, que inclui acionistas, investidores, analistas de mercado, jornalistas e órgãos reguladores.

Mas diante de um público tão heterogêneo é preciso saber se comunicar. “Um aposentado, por exemplo, tem muito mais tempo para ouvir sobre a empresa do que um analista”, diz Geraldo Soares, superintendente de RI do Itaú Unibanco. “O RI tem que segmentar a comunicação”.

No aspecto técnico, o profissional de RI tem que conhecer todas as áreas de finanças, como controladoria, tesouraria, fusões e aquisições e planejamento financeiro. “Do contrário, nao se habilitará a concorrer a uma cadeira de diretor financeiro”, comenta o gerente executivo de finanças e TI da recrutadora de executivos Michal Page, Luiz Gustavo Mariano.

Quanto maior o grau de transparência nas informações, mais positiva é a repercussão geral sobre a companhia, observa Iran Siqueira Lima, presidente e um dos coordenadores do MBA de RI da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi). “Se um debenturista for comunicado dos prêmios e encargos na data correta, vai se sentir mais confortável em ter papéis da empresa”.

Um departamento financeiro que consegue informar rapidamente o quanto foi pago de dividendos e juros sobre capital próprio nos últimos anos, ou que explique prontamente o motivo das oscilações de curto prazo dos ativos, demonstra possuir um excelente sistema de informações gerenciais, detalha Lima. Para ser um bom profissional de RI, a experiência em outras áreas financeiras conta muito. Monica Molina, da Bematech, conta que iniciou sua vivência em RI em 2006, oriunda da área de Tesouraria. Monica lembra que foi nessa área que começou a negociar títulos de dívida com os credores. “O RI está se envolvendo cada vez mais com operações estruturadas de captação de dívida, como eurobonds e debêntures”, comenta.

Como o mercado de RI é relativamente novo no Brasil, os primeiros profissionais vinham de diversas áreas. Muitas vinham da área de planejamento financeiro ou de instituições financeiras, lembra Lima, da Fipecafi. “O mercado amadureceu de 2004 para cá e as exigências dos profissionais mudou”. O MBA da Fipecafi em RI formou a sua primeira turma em 2001, diz Lima. Até agora, seis classes foram concluídas, disponibilizando 114 profissionais e mais cinco estão em andamento. “Entre formados e cursandos, temos algo em torno de 225 participantes”, observa.

A ampliação de funções já está sendo abordada nos cursos de formação. A fase inicial das empresas, de abertura de capital ou associações com concorrentes, exigia profissionais especializados em fusões e aquisições, normalmente encontrados em bancos de investimentos.

Procura Aumenta 

Mariano, da Michael Page, tem percebido aumento da procura por esses profissionais.

As empresas começam a ter um pouco mais de confiança e preparam operações de captação de recursos. “No primeiro semestre o recrutamento ocorreu sob a ótica da substituição de profissionais.

Neste segundo semestre a procura deve ser para aumento de quadro”, observa. A carteira de vagas da Michael Page para RI foi de10%do total no primeiro semestre, e deve aumentar para 15% no segundo, estima Mariano. A procura maior tem sido no setor de construção civil.

Fonte: Brasil Econômico – 09/08/2010

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