Superada a crise internacional e depois de uma ampla reestruturação interna, que culminou com a saída de dois dos três sócios, o Banco Máxima retoma o crescimento das operações e fecha o ano com lucro líquido de R$ 25,35 milhões. O patamar representa avanço de 131% em relação ao ano de 2008 (R$ 10,97 milhões). A rentabilidade anualizada foi de 30,38%, calculada sobre o patrimônio líquido final.
Aos poucos o banco vai retomando uma feição mais voltada para o investimento, com fortes ganhos de tesouraria e participação importante de operações estruturadas. Cerca de 40% do resultado veio da área de administração de recursos (asset). As receitas de prestação de serviços da asset pularam de R$ 8,5 milhões para R$ 30 milhões no ano. Já as receitas com títulos e valores mobiliários avançaram de R$ 31 milhões para R$ 44 milhões nos doze meses de 2009.
O banco também aposta na estruturação de fundos mezanino. Até fim do primeiro semestre, a instituição pretende concluir um financiamento do tipo “project finance” de R$ 200 milhões, atrelados a debêntures conversíveis para uma empresa do setor de logística do Rio de Janeiro.
Em parte, a mudança para uma visão mais de banco de investimento decorre da saída dos sócios João Nunes Ferreira Neto e Pedro Paulo Nunes Ferreira, que deixaram a instituição no meio do ano passado. Saul Sabbá permaneceu com 84% e os 16% restantes foram divididos com a diretoria, num modelo de “partnership”. Como consequência da reestruturação, o patrimônio líquido recuou de R$ 90 milhões para R$ 82 milhões e foram distribuídos dividendos de R$ 30 milhões.
Fonte: Valor Econômico/Fernando Travaglini – 02/03/10