O seu navegador está desatualizado!

Atualize o seu navegador para ter uma melhor experiência e visualização deste site. Atualize o seu navegador agora

×

O Índice de Confiança da Indústria, que mostra o grau de otimismo do empresariado, retornou ao patamar pré-crise em novembro, após registrar sua décima alta consecutiva.

No mês passado, o ICI, medido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), alcançou 109,6 pontos -no dado com ajuste sazonal- o melhor resultado desde setembro de 2008, considerado o marco do agravamento da crise global.

De acordo com o economista da FGV Aloisio Campelo, os empresários entraram agora em um “quadrante de bastante otimismo” em razão da recuperação econômica.

“A economia brasileira está exibindo sinais de saúde, especialmente nos segmentos ligados ao mercado interno”, afirmou Campelo.

No mês passado, o índice teve alta de 35,1% ante o mesmo mês de 2008, o maior crescimento desde 2004, segundo a FGV. O pico do ICI foi registrado em novembro de 2007, com 116,9 pontos, na esteira da trajetória de crescimento econômico iniciada em 2004.

Tanto o índice de situação atual como o índice de expectativas -que compõem o ICI- tiveram alta. O primeiro subiu de 105,1 pontos para 108,1 pontos entre outubro e novembro, enquanto o segundo, que mede a avaliação sobre o futuro, passou de 109 para 111.

Para Campelo, o resultado de novembro reflete a pujança do mercado interno, estimulado pelo ganho na massa salarial e por incentivos fiscais, como a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) incidente sobre veículos, eletrodomésticos, móveis e materiais de construção.

Julio Gomes de Almeida, professor da Unicamp e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, afirma que o “processo de pessimismo já acabou”. Ele ressalta, porém, que há exceções.

Uma delas é a indústria de bens de capital, que ainda sofre os efeitos da crise. O faturamento do setor teve em outubro queda de 10% em relação a setembro, após registrar dois meses de alta. Com o resultado, a Abimaq (que reúne os fabricantes de máquinas e equipamentos) revisou para baixo as projeções para a retração no ano, de 15% para 20%.

“Esse setor ainda amarga um processo complicado e é uma exceção importante”, afirmou o professor da Unicamp.

Para Campelo, o mercado interno continuará a ter papel preponderante na recuperação da economia na passagem de 2009 para 2010, mas a demanda externa deve voltar a ter maior influência.

“Nos meses passados, a recuperação foi baseada quase totalmente no mercado interno. Acredito que o mercado externo possa ter em meados de 2010 uma contribuição maior.”

Para os próximos seis meses, 57,7% dos entrevistados preveem melhora na situação dos negócios, de acordo com a pesquisa da FGV. “A pesquisa mostra que os empresários têm boa avaliação do presente, mas estão vendo condições ainda melhores para o futuro”, diz Gomes de Almeida.

Fonte: Folha de S. Paulo/Paulo de Araujo – 01/12/09

Outras notícias

Nova redação da Cláusula sétima da Convenção Coletiva de Trabalho 2009

Leia mais

Sindfin elege novo Conselho Fiscal

Leia mais

BC regulamenta novo sistema para operações de câmbio

Leia mais