O seu navegador está desatualizado!

Atualize o seu navegador para ter uma melhor experiência e visualização deste site. Atualize o seu navegador agora

×

 

A indústria de intermediação passará por uma transformação intensa, na esteira das mudanças econômicas do país e, consequentemente, do mundo dos investimentos, afirma Manoel Felix Cintra Neto, presidente do conselho de administração da Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (Ancord).
 
“As corretoras terão de vencer o desafio de distribuir ativos pelo Brasil inteiro, atingindo pessoas físicas e jurídicas”, explica. Para ele, as alterações no modelo de acesso à bolsa de valores planejadas pela BM&FBovespa são apenas um aperfeiçoamento do sistema atual com o objetivo de facilitar a distribuição de produtos e não aumentarão a concorrência para as corretoras. “O que vai acontecer é que o mercado vai crescer e haverá mais investidores para atender”, diz.
 
Ele acrescenta que até o momento quem fazia esse atendimento eram os grandes bancos comerciais, que ganham no quesito capilaridade. No entanto, esse papel pode ser cumprido pelas corretoras, diz. A Ancord marcou para maio, em Guarujá-SP, o primeiro congresso internacional da indústria da intermediação. No evento, serão discutidos os desafios do setor. “A ideia é que as corretoras saiam de lá preparadas para o novo cenário de expansão do mercado de capitais.” Ele espera a presença de mais de 150 participantes no encontro.
 
O americano Andre Cappon, consultor de empresas do mercado de capitais e presidente do Grupo CBM, avalia que a saída para as corretoras brasileiras que enfrentam dificuldades de rentabilizar seus negócios é a especialização em determinado produto ou serviço. “As corretoras europeias que acharam nichos têm tido resultados sustentáveis”, afirma.
 
As corretoras podem se especializar em pesquisa e produção de análises ou em operações com algoritmos, exemplifica Cappon. Ele conta que nos Estados Unidos há corretoras especializadas em pesquisa via rede de pessoas. Assim, para analisar uma empresa do setor farmacêutico, por exemplo, os analistas dessas corretoras conversam com médicos, donos de farmácias e outros profissionais técnicos. “Essas instituições são especializadas em cultivar uma rede de fontes”, relata.
 
O problema do setor de intermediação no Brasil, diz Cappon, é que há atualmente cerca de 80 corretoras “muitas pequenas e parecidas na forma de atuação”. Ele avalia ainda que deveria ter 20 vezes mais investidores no país. “O desenvolvimento do mercado de capitais está muito atrasado”, afirma o consultor, que está entre os palestrantes do congresso das corretoras.
 
Fonte: Valor Econômico / Karin Sato – 14.03.13

Outras notícias

Fundo de fornecedores custa a engrenar

Leia mais

Mobilidade passa a ser a nova fronteira bancária

Leia mais

Financiamento de veículos reage e calote esboça queda

Leia mais