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O nível de adoção dos dispositivos móveis para transações bancárias retrata a predisposição do usuário em fazer de seu telefone ou tablet um equipamento para resolver sua vida financeira. E pode ser um sinal de que, uma vez detalhadas as regras definidas pela MP 615, regulamentando o segmento de pagamentos móveis, as iniciativas se multipliquem pelo país.
 
“Hoje se espera que tudo esteja no mobile”, diz André Leme, diretor da Bain & Company. O cenário de finanças móveis inclui usar o celular para tudo o que se faz em uma agência e tem os pagamentos como a cereja do bolo – o sonho dos bancos, diz Leme, é atingir tal nível de interação que o mesmo saldo possa ser utilizado seja em meio eletrônico, como plástico ou cartão, seja em carteiras digitais. “A carteira exclusiva para o mundo digital já ficou para trás.”
 
Estudo realizado pela Bain indica que, entre 2009 e 2012, os pagamentos com celular responderam por R$ 2,69 a cada R$ 1 milhão gasto no país, embora no ano passado o valor movimentado tenha saltado 325%, passando de R$ 23,3 milhões em 2011 para R$ 97 milhões. Em relação ao número de transações, o avanço em 2012 chegou a 276%, com 20,7 milhões de transações, ante as 5,5 milhões de 2011 – mesmo assim, representando apenas 0,088% do total das transações no país, o que levou a consultoria a estimar que os pagamentos móveis vão crescer gradualmente e compor menos de 10% do volume de transações em 2017.
 
No Brasil, o cenário é dificultado por barreiras tecnológicas e culturais. De um lado, pesam os sistemas dos bancos que sustentam todos os serviços, tão robustos que dificultam integração e modificações. De outro, a segurança, deixando para as instituições o desafio de proporcionar plataformas online seguras o suficiente para as funcionalidades de pagamento almejadas por carteiras digitais. Como as soluções de segurança tendem a aumentar a lentidão dos aplicativos, o desafio é equilibrá-la à conveniência. Isso pode fazer do desenvolvimento de apps a nova fronteira competitiva dos bancos e ser o atrativo para levar o cliente a trocar o plástico. “A migração para o 4G vai acelerar a adoção”, diz Alexandre Ribeiro, da Cosin.
 
O Meu Dinheiro Claro, recém-lançado pela MPO, joint venture entre Claro e Bradesco, é o primeiro a funcionar como cartão de débito pelo telefone e indica que as soluções nascidas de parcerias entre players financeiros e de telecom, seguindo o formato dos arranjos indicados pela MP 615, devem começar a sair.
 
Neste ano surgiram o Zumm, da MFS, joint venture entre Vivo e Mastercard que escolheu a tecnologia USSD, e Oi Carteira (Oi, Cielo e Banco do Brasil), com o SMS.
 
A Mastercard apresentou a carteira digital PayPass (parceria com Itaú, Tim e Redecard), para compras digitais com cartões pré-cadastrados por celular por browser ou tecnologia de aproximação (NFC). Com Tim e Caixa Econômica Federal, apresentou iniciativa de mobile money que funciona em qualquer telefone. Da Visa surgiram iniciativas como MobilePlay, em parceria com Banco do Brasil e Cielo, que permite capturar transações por site, celular ou POS a partir da digitação do número do celular, e PayWave, para uso de celulares com NFC unindo Banco do Brasil, Bradesco e Claro.
 
As perspectivas movimentam ainda facilitadores de pagamento como Paypal e PagSeguro, que lançaram soluções para capturar transações por dispositivos móveis com o uso de diferentes tecnologias, incluindo USSD, NFC e leitores de cartões para serem acoplados a celulares e tablets.
 
A Payleven, do grupo Rocket, recebeu neste ano seu terceiro aporte, de R$ 35 milhões, para implantar soluções de carteira digital e chip-senha. Segundo a CEO Adriana Barbosa o serviço já conta com 18 mil cadastrados – o número dobrou em quatro meses. Já a Unipay, nascida com aporte da 500 Startups e investidores anjo, funciona por digitação, no telefone, de dados do cartão, ou por reconhecimento de imagem por OCR.
 
Fonte: Valor Econômico / Martha Funke – 29.10.13

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