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O Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) recuou 0,23% na passagem de janeiro para fevereiro, feitos os ajustes sazonais, e foi ligeiramente menor que o esperado pelo mercado. O dado, contudo, não anula perspectivas de recuperação ainda modesta da economia neste início de ano, segundo economistas consultados pelo Valor.

As projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre – indicador para o qual o IBC-Br serve de prévia – se concentram entre avanço de 0,5% e 0,8% em relação ao último trimestre de 2011 na série dessazonalizada e não foram revisadas após a divulgação do índice mensal da autoridade monetária.

O recuo de fevereiro foi o segundo no ano – em janeiro, o indicador registrou queda de 0,18% nos dados dessazonalizados, segundo revisão feita pela BC. e a maior retração desde outubro de 2011, quando o índice caiu 0,58% na comparação com o mês anterior. Na comparação anual entre fevereiro e o mesmo mês de 2011, o índice apresentou alta de 0,86%, na série sem ajustes. Foi registrada também variação positiva de 1,15% entre o primeiro bimestre deste ano e o mesmo período de 2011, ainda levando em conta os números sem ajustes, por se tratar do mesmo período do ano.

Alexandre Andrade, da Votorantim Corretora, esperava retração de 0,5% no IBC-Br em fevereiro sobre janeiro, que, em sua avaliação, não ocorreu porque a alta de 1,3% da produção industrial mais que compensou o recuo de 1,1% das vendas do varejo ampliado (que inclui automóveis e material de construção) no período. “O número de fevereiro indica que o movimento de enfraquecimento da economia ficou para trás”, avalia Andrade, que projeta alta de 0,8% para o IBC-Br em março, em linha com novo avanço na produção e vendas maiores no varejo.

Confirmada essa projeção, calcula Andrade, o índice do BC encerraria o primeiro trimestre do ano com aumento de 0,2% sobre o último trimestre de 2011, feitos os ajustes sazonais, quadro que não implica revisões em sua estimativa para o avanço do PIB, de 0,6% no período. “Devemos observar um crescimento maior da economia mais para frente, porque neste primeiro trimestre ainda há um comportamento distinto do varejo e da indústria.”

Para o economista-chefe do banco ABC Brasil, Luiz Otávio Leal, o alto nível de endividamento das famílias e o excesso de estoques em alguns setores da indústria impedem uma expansão maior da economia no primeiro trimestre do ano. À medida que essas duas situações sejam equacionadas e os incentivos do governo tenham impacto sobre a atividade, sustenta Leal, a economia deve recuperar fôlego com mais rapidez. Assim, em sua visão, o número de fevereiro, somado a um crescimento do IBC-Br em março, reforça sua estimativa de 0,7% para expansão do PIB entre o último trimestre de 2011 e o primeiro de 2012, feitos os ajustes sazonais. “É uma recuperação ainda morna”, avalia.

Segundo Fernanda Consorte, do Santander, a demanda deve seguir forte e continuar puxando o crescimento da economia nos primeiros três meses do ano, refletindo o aumento real no rendimento dos consumidores. O maior poder de compra, observa Fernanda, também deve ajudar na recuperação da indústria, que ainda apresentará resultado negativo neste primeiro trimestre, mas inferior ao recuo de 0,5% registrado no último trimestre de 2011, de acordo com suas projeções. “A indústria vai ganhar fôlego gradativamente”, diz.

Um pouco mais otimista, Thiago Carlos, da Link Investimentos, colocou viés de alta em suas previsões de 0,8% para o avanço do PIB no primeiro trimestre frente o último trimestre de 2011 na série dessazonalizada, e de 3,2% para o crescimento econômico em 2012, após a divulgação do IBC-Br de fevereiro. “Com esse número e a possibilidade de um crescimento de 0,8% em março [frente o mês anterior], aumentam as chances de um PIB próximo a 1% no primeiro trimestre”. Carlos trabalha com desempenho positivo tanto das vendas quanto da produção industrial em março. “A tendência é de uma indústria bem forte”, acredita.

Fonte: Valor Econômico/ Arícia Martins/ Murilo Rodrigues Alves – 17/04/2012

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