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Em meio às incertezas que rondam o mercado acionário brasileiro, a Biosev estreou na BM& FBovespa repetindo o desempenho apresentado pelas ações da Senior Solutions no início de março: em queda. Os papéis da empresa sucroalcooleira acumularam desvalorização de 14,33% na sexta-feira em relação ao valor de estreia, e fecharam cotados R$ 12,85.
 
Nem mesmo o fato de a companhia oferecer garantia de reembolso aos investidores que adquiriram ações da companhia os convenceu a ficar com eles — os interessados que reservaram ações da Biosev também puderam adquirir opções de venda dos papéis, com até 15 meses de validade.
 
“É natural que em um momento de incertezas da bolsa brasileira como o que estamos vivendo, o investidor olhe individualmente caso a caso, dada a dificuldade de obtenção de retorno”, afirma Ricardo Correa, diretor da Ativa Corretora. “Ou seja, o desempenho das ações que estreiam na bolsa brasileira depende no momento de mercado, do setor em que a empresa está inserida, além, é claro, da própria empresa”, completa.
 
Já a Linx, empresa desenvolvedora de softwares de gestão para o varejo e primeira empresa a ingressar na bolsa brasileira este ano, registrou movimento contrário: subiu mais de 18%. “O setor de tecnologia é parcialmente defensivo, uma vez que tem contratos longos e reajustados por índices de inflação. Sendo assim, conseguem se defender de um eventual arrefecimento econômico”, pondera Correa.
 
Adriano Moreno, estrategista da Futura Invest concorda. “O desempenho das ações no dia de estreia não está relacionado tamanho da oferta e sim à qualidade da operação. Os investidores premiam empresas com cases simples, com maior previsibilidade de geração de caixa e baixo endividamento”, diz.
 
Ainda segundo o especialista, o mercado acionário é mutável e isso também interfere nesse movimento. “Em 2008, os investidores estavam comprando risco, principalmente de empresas pré-operacionais. Hoje não há espaço para esse tipo de companhia, cujos planos de negócios são arriscados.”
 
Já um analista de uma grande corretora acredita que o sobe e desce de uma ação no dia de sua estreia depende, principalmente, do momento de mercado. “Como o mercado está ruim, fazem fippler com IPO [ou seja, o investidor reserva ações objeto da oferta e as vende no dia da estreia] não compensa. Além disso, é possível que os bancos envolvidos no IPO tenham adquirido uma parte das ações ofertadas e as vendido no mesmo dia da estreia, pressionando o movimento no dia”, completa.
 
Quem volta à BM&FBovespa hoje é a BHG (Brazil Hospitality Group). O terceiro maior grupo hoteleiro do país fará uma oferta subsequente de ações (followon), cujo preço dos papéis foi fixado em R$ 17,50, 2,86% abaixo do registrado na sexta-feira.
 
Além da BHG, outras duas empresas aguardam o registro do follow-on pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM): Tupy e Abril Educação. Já o número de empresas que quer vir a mercado pela primeira vez é maior: Smile, Autobrasil, BB Seguridade e Alupar Investimento e Votorantim Cimento. “É difícil traçar qualquer perspectiva para o desempenho das candidatas a captar recursos via oferta de ações, uma vez que as incertezas de mercado permanecem”, diz Correa.
 
Fonte: Brasil Econômico / Vanessa Correia – 22.04.13

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