O seu navegador está desatualizado!

Atualize o seu navegador para ter uma melhor experiência e visualização deste site. Atualize o seu navegador agora

×

 

O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, lança esta semana uma árdua batalha diplomática para conseguir junto aos líderes da Zona do Euro uma flexibilização das medidas de austeridade impostas a seu país pelos credores internacionais. A partir de amanhã, Samaras vai se entrevista com o chefe do Eurogrupo, Jean- Claude Juncker, que viajará a Atenas, repetindo o que fez no mês passado o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso. Sexta-feira, o primeiro-ministro se encontrará com a chanceler alemã, Angela Merkel, em Berlim, e, no sábado, estará em Paris, onde será recebido pelo presidente francês François Hollande.
 
A França parece mais flexível diante das demandas da Grécia por uma flexibilização dos planos de austeridade fiscal. Berlim, ao contrário, tem uma posição mais dura, segundo os analistas. O objetivo do primeiro-ministro conservador é claro: demonstrar a seus sócios europeus que a Grécia está determinada a implantar o ajuste orçamentário exigido pela União Europeia e pelo FMI e, ao mesmo tempo, obterum a prorrogação de dois anos, até 2016, para alcançar o equilíbrio nas contas públicas, em princípio previsto para 2014.
 
Para isso, Samaras, acompanhado de seu ministro das Finanças, Yannis Sturnaras, apresentará aos sócios europeus um esboço das novas medidas de economia, de € 11,5 bilhões para 2013 e 2014. De acordo com o ministro Sturnaras, este programa de economia, que inclui cortes nas aposentadorias e eliminação de empregos públicos, está praticamente concluído.
 
Esse programa será debatido no início de setembro com a troika de credores (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), que decidirá sobre a liberação de € 31,5 bilhões em empréstimo a Atenas, congelados há meses.
 
Samaras trataria do assunto preliminarmente nesses encontros, mas o pedido oficial ocorreria somente na cúpula europeia, em outubro, quando o terreno seria propício para o pedido oficial da Grécia sobre a prorrogação do prazo para a implantação dos ajustes. Em entrevista ontem à rádio Deutschlandfunk, o secretário de Finanças alemão, Steffen Kampeter, confirmou que não se espera esta semana nenhuma “decisão bilateral” sobre o assunto.
 
Samaras poderia argumentar com a devastadora espiral depressiva que atinge a economia grega e invocar o fato de que uma prorrogação está prevista explicitamente prevista no acordo assinado por Atenas e seus credores, “em caso de recessão significativamente mais profunda que o esperado”.
 
O governo grego prevê para 2012 — quinto ano consecutivo de recessão — uma queda de 7% do PIB, muito acima dos previstos 4,5%. Para os gregos, demasiado rigor nos ajustes pode matar a economia do país.
 
Contudo, esse argumento também pode servir àquelas que consideram que a economia grega se transformou num poço sem fundo em que o euro corre o risco de se afogar.
 
Jörg Asmussen, da diretoria do BCE, disse ontem que uma eventual saída da Grécia da Zona do Euro seria “administrável”, ainda que “muito custosa”.
 
“Uma saída da Grécia seria administrável”, mas seria acompanhada por uma queda no crescimento e aumento do desemprego na Grécia, e em toda a Europa, inclusive na Alemanha”, estimou Asmussen em entrevista ao diário Frankfurter Rundschau.
 
Fonte: Brasil Econômico/ Catherine Boitard – 21/08/2012

Outras notícias

Bancos estimulam uso do crediário no cartão de crédito

Leia mais

Juros convergem para o cenário do Banco Central

Leia mais

Recessão se agrava na Itália e coloca em risco o governo Monti

Leia mais