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A Itália aprofundou-se ainda mais na recessão no segundo trimestre ao registrar uma retração 2,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados ontem, ameaçando as tentativas do governo tecnocrata de Mario Monti de controlar uma crise de dívida que afeta toda a Eurozona.
 
A queda de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre na comparação trimestral foi apenas ligeiramente melhor do que a contração de 0,8% no período anterior, e significa que o país está agora em contração há pelo menos um ano, de acordo com os dados da agência Istat.
 
Isso irá enfraquecer as receitas tributárias e afetar os empregos e o consumo, em um círculo vicioso que dificulta o trabalho de Monti. A Itália tem sido a economia mais lenta da Eurozona há mais de uma década e está na linha de frente da crise de dívida, com os custos de empréstimo em níveis considerados insustentáveis no longo prazo. Os investidores estão cada vez mais preocupados coma capacidade do país de reduzir a dívida pública de cerca de 123% do PIB – sentimento que ameaça espalhar-se pelo bloco.
 
Monti aprovou medidas de austeridade de mais de € 20 bilhões no final do ano passado diante da crise de dívida, mas o pacote, composto amplamente por altas de impostos, prejudicou a confiança do consumidor e aprofundou a recessão.
 
“As medidas de austeridade estão obviamente pesando sobre a economia”, disse Vincenzo Bova, do MPS Capital Services. “Investimentos e consumo são as áreas mais afetadas.”
 
Os dados foram ligeiramente piores do que as expectativas. A mediana das estimativas em uma pesquisa da Reuters indicava queda de 0,6%. Com os rendimentos dos títulos italianos ainda perto de 6%, Monti vem alertando os parceiros europeus que, a menos que mostrem flexibilidade em relação às finanças italianas, o país pode em breve ser comandado por um governo cético em relação ao euro e pouco comprometido com a consolidação fiscal.
 
O primeiro-ministro italiano disse ao jornal alemão Der Spiegel no domingo que o que precisa da Alemanha e da União Europeia é suporte moral, não ajuda financeira, e que está preocupado comum crescente sentimento anti-euro, anti-Alemanha e anti-UE no Parlamento em Roma.
 
“Eu permanecerei no cargo se tudo acontecer como planejado até abril de 2013, e espero poder ajudar a resgatar a Itália da ruína financeira com suporte moral de alguns amigos europeus, especialmente a Alemanha”, disse ele.
 
Monti, cuja popularidade afundou após atingir níveis recordes quando assumiu o cargo, afirmou que não irá tentar permanecer no poder após uma eleição nacional marcada na próxima primavera.
 
Fonte: Brasil Econômico/ Reuters/ Gavin Jones – 08/08/2012

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