O seu navegador está desatualizado!

Atualize o seu navegador para ter uma melhor experiência e visualização deste site. Atualize o seu navegador agora

×

A instabilidade dos mercados neste início de ano e a incerteza sobre a tendência das aplicações fizeram os gestores de recursos reduzir drasticamente suas apostas na bolsa. Historicamente, os fundos multimercados, que buscam ganhos em diversos tipos de ativos, aplicam entre 10% e 15% do patrimônio em ações. “Essas posições estão hoje próximas a zero”, afirma Fernando Lovisotto, diretor da consultoria RiskOffice, especializada em gestão de risco. “Voltou a sensação de medo”, acrescenta o sócio e economista da Modal Asset Management, Alexandre Póvoa.

A opinião dos dois especialistas reflete o pensamento da maioria dos gestores de fundos multimercados. Os problemas fiscais na Europa e o plano do presidente americano, Barack Obama, para o setor financeiro acabaram com o bom humor que se via no mercado nas primeiras semanas de 2010, levando o Índice Bovespa a fechar ontem em 67.641 pontos, com queda de 1,38% no ano. A palavra de ordem é reduzir os riscos das carteiras. Ninguém quer ser pego de surpresa, como aconteceu no início da crise global.

O Brasil continua bem, a bolsa retomou níveis mais altos, assim como o dólar voltou a ser cotado abaixo de R$ 1,80, mas o mundo ainda está muito confuso, ressalta Póvoa. Nesse ambiente, os gestores estão adotando duas atitudes: redução de posições ou manutenção do tamanho das operações, mas com a combinação de ativos de modo que o risco de mercado da carteira seja minimizado. Uma das estratégias é combinar uma aposta na bolsa com a compra de dólares. Em casa de deterioração do cenário e fuga de investidores estrangeiros, o gestor ganharia numa ponta (alta do dólar) e perderia na outra (queda da bolsa), protegendo o patrimônio.

Após a valorização de 82,66% do Ibovespa no ano passado, não há prêmios de risco atraentes na bolsa, o que leva a uma gestão mais conservadora, explica Hiram Maisonnave Junior, vice-presidente e responsável pela área de gestão de fortunas do BNP Paribas Brasil. O executivo recomenda aos investidores não aumentar a aplicação em bolsa, “mesmo para os que têm apetite pelo risco”.

Fonte: Valor Econômico/Antonio Perez e Alessandra Bellotto – 04/03/10

Outras notícias

Copom corta Selic em 0,75 ponto e juro volta a ser de um dígito

Leia mais

Consumo em alta provoca déficit recorde na balança

Leia mais

Tesouro paga o menor juro da América Latina

Leia mais