O seu navegador está desatualizado!

Atualize o seu navegador para ter uma melhor experiência e visualização deste site. Atualize o seu navegador agora

×

O ciclo de queda na taxa básica de juros (Selic), que possibilita aos bancos captar recursos para empréstimos a uma taxa menor, somada à perspectiva de analistas para um ambiente com menos incertezas internacionais no final do ano, não farão com que os bancos brasileiros passem a conceder crédito aos clientes a um custo efetivamente mais baixo. A razão é que o mercado brasileiro apresenta condições favoráveis de demanda elevada por crédito, o que é suficiente para que se mantenha o spread — diferença entre o valor do dinheiro captado e o do emprestado para o tomador — em alta. Embora a tendência é que a partir deste mês de novembro o spread bancário tenha uma leve redução, esta não será suficiente para que o consumidor sinta o efeito no bolso. Segundo Alex Agostini, economista- chefe da Austin Rating, a característica do mercado financeiro no Brasil deixa os bancos confortáveis para manter elevado o spread ainda sob condições favoráveis. “Ele tende a se reduzir, mas não de uma forma como esperamos”, acredita.
O relaxamento das medidas macroprudenciais, anunciadas em 11 de novembro, só deverão ser sentidas na leitura do mês de novembro. Por hora, os efeitos das ações do governo adotadas no final do ano passado, deram espaço aos bancos para elevar o spread que, em outubro, subiu 0,8 ponto percentual a 28,9 p.p.., somados os empréstimos a pessoas físicas e jurídicas. Já a taxa de captação de recursos para empréstimos recuou, no mês, 0,3 p.p. para 10,6% ao ano.
Segundo o Chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel, o nível do spread bancário ainda não pode ser avaliado com precisão também em função do ruído gerado pela paralisação dos bancários, que pode ser interpretado como um fator exógeno ao mercado. “Como as taxas de juros no mês estão altas por condições adversas ao mercado, então isso também se reflete no spread e essa leitura fica prejudicada neste mês”, garante Maciel.
Na visão de Agostini, a demanda por crédito continuará aquecida, principalmente por que no Brasil há uma baixa competitividade entre os bancos. “Além da própria carga tributária do país.” A manutenção da demanda aquecida fica evidente no balanço das operações de crédito de outubro, divulgado ontem pelo Banco Central (BC). O saldo de crédito em doze meses avançou 18,4%. O volume de empréstimos em outubro alcançou R$ 1,946 trilhão, segundo o BC. Como efeito da greve dos bancários, na primeira quinzena de outubro, no entanto, o saldo cresceu de forma mais tímida: apenas 0,8%, em relação a setembro.
Ainda assim, esta desaceleração foi compensada pelo acesso a modalidades de empréstimos mais caras, o que elevou o aumento da taxa média dos juros bancários. Segundo Maciel, diante da impossibilidade de acessar as agências bancárias, o brasileiro optou por modalidades mais caras de financiamento, disponibilizadas em linhas automáticas, como o cheque especial,por exemplo. “A greve impediu o acesso ao chamado crédito mais barato, como os dos empréstimos consignados, que são contratados apenas nas próprias agências bancárias”, explica Maciel. Pelos dados do BC, as concessões de empréstimos consignados recuaram 13,4% no mês passado ao passo que o cheque especial cresceu 4,3% para as pessoas físicas.
O BC também atribuiu à greve dos bancários a responsabilidade pelo elevado nível de inadimplência. A falta de pagamento atingiu 5,5% das operações de crédito. A inadimplência das pessoas físicas subiu 0,1 p. p. no mês atingindo 7,1%. Essa evolução também foi afetada pela greve, segundo dados apurados pelo BC. “As pessoas que estavam inadimplentes poderiam ter regularizado a sua situação nos bancos, mas perderam essa possibilidade pela greve nos 15 dias de greve do mês de outubro e assim se mantiveram na inadimplência”, explica Maciel. “Segundo relatos dos bancos, identificamos que essa situação já começa a voltar a normalidade no início de novembro, o que nos permitirá ter uma leitura mais acertada ao final deste mês.”
Fonte: Brasil Econômico/Ruy Barata Neto – 24/11/2011

Efeitos do corte na Selic ainda longe do bolso do consumidor
O ciclo de queda na taxa básica de juros (Selic), que possibilita aos bancos captar recursos para empréstimos a uma taxa menor, somada à perspectiva de analistas para um ambiente com menos incertezas internacionais no final do ano, não farão com que os bancos brasileiros passem a conceder crédito aos clientes a um custo efetivamente mais baixo. A razão é que o mercado brasileiro apresenta condições favoráveis de demanda elevada por crédito, o que é suficiente para que se mantenha o spread — diferença entre o valor do dinheiro captado e o do emprestado para o tomador — em alta. Embora a tendência é que a partir deste mês de novembro o spread bancário tenha uma leve redução, esta não será suficiente para que o consumidor sinta o efeito no bolso. Segundo Alex Agostini, economista- chefe da Austin Rating, a característica do mercado financeiro no Brasil deixa os bancos confortáveis para manter elevado o spread ainda sob condições favoráveis. “Ele tende a se reduzir, mas não de uma forma como esperamos”, acredita.
O relaxamento das medidas macroprudenciais, anunciadas em 11 de novembro, só deverão ser sentidas na leitura do mês de novembro. Por hora, os efeitos das ações do governo adotadas no final do ano passado, deram espaço aos bancos para elevar o spread que, em outubro, subiu 0,8 ponto percentual a 28,9 p.p.., somados os empréstimos a pessoas físicas e jurídicas. Já a taxa de captação de recursos para empréstimos recuou, no mês, 0,3 p.p. para 10,6% ao ano.
Segundo o Chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel, o nível do spread bancário ainda não pode ser avaliado com precisão também em função do ruído gerado pela paralisação dos bancários, que pode ser interpretado como um fator exógeno ao mercado. “Como as taxas de juros no mês estão altas por condições adversas ao mercado, então isso também se reflete no spread e essa leitura fica prejudicada neste mês”, garante Maciel.
Na visão de Agostini, a demanda por crédito continuará aquecida, principalmente por que no Brasil há uma baixa competitividade entre os bancos. “Além da própria carga tributária do país.” A manutenção da demanda aquecida fica evidente no balanço das operações de crédito de outubro, divulgado ontem pelo Banco Central (BC). O saldo de crédito em doze meses avançou 18,4%. O volume de empréstimos em outubro alcançou R$ 1,946 trilhão, segundo o BC. Como efeito da greve dos bancários, na primeira quinzena de outubro, no entanto, o saldo cresceu de forma mais tímida: apenas 0,8%, em relação a setembro.
Ainda assim, esta desaceleração foi compensada pelo acesso a modalidades de empréstimos mais caras, o que elevou o aumento da taxa média dos juros bancários. Segundo Maciel, diante da impossibilidade de acessar as agências bancárias, o brasileiro optou por modalidades mais caras de financiamento, disponibilizadas em linhas automáticas, como o cheque especial,por exemplo. “A greve impediu o acesso ao chamado crédito mais barato, como os dos empréstimos consignados, que são contratados apenas nas próprias agências bancárias”, explica Maciel. Pelos dados do BC, as concessões de empréstimos consignados recuaram 13,4% no mês passado ao passo que o cheque especial cresceu 4,3% para as pessoas físicas.
O BC também atribuiu à greve dos bancários a responsabilidade pelo elevado nível de inadimplência. A falta de pagamento atingiu 5,5% das operações de crédito. A inadimplência das pessoas físicas subiu 0,1 p. p. no mês atingindo 7,1%. Essa evolução também foi afetada pela greve, segundo dados apurados pelo BC. “As pessoas que estavam inadimplentes poderiam ter regularizado a sua situação nos bancos, mas perderam essa possibilidade pela greve nos 15 dias de greve do mês de outubro e assim se mantiveram na inadimplência”, explica Maciel. “Segundo relatos dos bancos, identificamos que essa situação já começa a voltar a normalidade no início de novembro, o que nos permitirá ter uma leitura mais acertada ao final deste mês.”
Fonte: Brasil Econômico/Ruy Barata Neto – 24/11/2011

Outras notícias

Fundo Soberano poderá atuar via BC

Leia mais

Medida da Fazenda estimula renegociação de dívidas de pessoas físicas

Leia mais

Evento analisa alternativas para captação de recursos no mercado imobiliário

Leia mais