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Os bancos brasileiros, que têm se empenhado em estratégias de internacionalização, aproximaram-se este ano de investidores asiáticos ao realizar operações de colocação de dívida privada na região. Para isso, começam inclusive a emitir títulos denominados diretamente em yuan, a moeda da China.
 
No fim de novembro, Bradesco e BTG Pactual colocaram pela primeira vez títulos de dívida denominados em yuan – o equivalente a US$ 48 milhões e US$ 17 milhões, respectivamente. O Banco do Brasil, por sua vez, levantou US$ 170 milhões com colocações privadas feitas a partir de julho, todas também em yuan. Os compradores são principalmente investidores institucionais que buscam exposição na moeda chinesa.
 
Segundo Rodrigo Cabernite, diretor de mercado de capitais do banco Standard Chartered, – que tem forte presença na Ásia -, os bancos brasileiros costumavam fazer colocações principalmente entre investidores americanos e europeus, e voltaram-se recentemente aos asiáticos. “É um mercado com muito potencial, e que antes praticamente não existia.”
 
Dos cerca de US$ 10 bilhões em emissões privadas que o Bradesco fez ao longo de 2012, cerca de US$ 2 bilhões foram para investidores asiáticos.
 
A única delas feita com notas denominadas em yuan, do fim do mês passado, resultou na venda de títulos para 2014 com juro nominal de 3,9% ao ano. “Esperamos acessar mais o mercado asiático daqui para a frente”, disse Marlene Millan, responsável pelo financiamento em moeda estrangeira do Bradesco.
 
O BTG Pactual, que colocou também no fim de novembro as suas primeiras notas em yuan, também com prazo de um ano, pagará cupom de 3,5%. “Vimos que a Ásia tem forte demanda por ativos da América Latina”, disse Axel Blikstad, sócio responsável pela gestão de liquidez do banco.
 
O BB, em duas emissões recentes, pagou juro nominal de 3,2% ao ano em notas de um ano e 3,8% para aquelas de três anos. “Em termos de custo, elas valem a pena”, disse Daniel Alves Maria, gerente-executivo de finanças do BB.
 
O Santander Brasil ainda não emitiu em yuan, mas não descarta a opção para 2013. “Existe uma demanda crescente [de investidores] da Ásia”, disse Fernando Pierri, superintendente-executivo de investidores institucionais.
 
Tais colocações podem facilitar, inclusive, operações para clientes no futuro, segundo os executivos. “Em todas essas operações, vendemos o nome BB e do Brasil em geral. Explicamos o modelo de negócios do banco e da economia do país”, afirmou Alves Maria.
 
Fonte: Valor Econômico / Filipe Pacheco – 18/12/12

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