Mesmo com políticas monetária e fiscal mais restritivas, as projeções de analistas do mercado financeiro apontam para um crescimento do crédito em 9,5% em 2015. É o que revela a Pesquisa FEBRABAN de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado, realizada entre os dias 13 e 18 de março com 25 analistas. Para o próximo ano, os economistas estimam que o crédito terá alta de 9,6%. No levantamento anterior, realizado em fevereiro, havia uma expectativa de crescimento maior: de 10,1% para 2015, e de 10% para 2016. Em relação ao crédito livre, as previsões recuaram para 4,5% em 2015 e 5,5% em 2016, ante estimativas de 5,5% e 6,1%, respectivamente, registradas no estudo anterior. O avanço previsto do crédito com recursos livres também registrou revisões tanto em pessoa física como em pessoa jurídica. Em pessoa física, a alta esperada é 5,2% de alta para 2015 e elevação de 6,4% para o próximo ano ante 5,9% e 6,5%, respectivamente, do estudo de fevereiro. Em pessoa jurídica, a projeção de crescimento recuou para 4,2% em 2015 e para 5% em 2016 ante 5,1% e 5,7% do levantamento de fevereiro. A Pesquisa FEBRABAN de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado também revelou que os analistas esperam maior contração nos resultados do Produto Interno Bruto e inflação mais elevada para 2015, como efeito dos últimos indicadores econômicos. A previsão para o PIB deste ano é de queda de 0,70% ante uma retração estimada de 0,13% na pesquisa anterior. Para o próximo ano, os especialistas acreditam que a economia brasileira se recupere e registre alta de 1,4%. O resultado é abaixo do previsto anteriormente em fevereiro, que foi de elevação de 1,5%. Os analistas também revisaram para cima suas estimativas para a inflação oficial. O IPCA previsto para este ano subiu para 7,9% ante uma previsão de 7% anterior. Para 2016, os especialistas estimam que a inflação ficará em 5,6%, estável na comparação com a pesquisa anterior. Em relação à taxa Selic, os analistas consultados esperam uma taxa de 13,25% em 2015. Na pesquisa anterior, os economistas tinham a expectativa de que a taxa de juros encerrasse 2015 em 12,5%. No próximo ano, a previsão é que a Selic recue para 12%. A taxa de câmbio esperada para o final de 2015 avançou de R$ 2,80 para R$ 3,11. Para o final de 2016, a expectativa é de uma taxa de R$ 3,13 ante R$ 2,89 da pesquisa feita em fevereiro. Fonte: Febraban / Diretoria de Comunicação / 29/04/15