Os consumidores estão menos confiantes quando se trata de comprar uma casa ou um carro agora, do que há seis meses. Por outro lado, eles estão mais à vontade para comprar itens para casa, como fogão ou geladeira.
De acordo com o INC (Índice Nacional de Confiança) da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), divulgado nesta segunda-feira (11), a parcela dos que se sentem um pouco mais ou muito mais à vontade para adquirir um carro ou uma casa caiu dois pontos percentuais, passando de 36% em fevereiro, para 34% em março. Quanto aos que se dizem um pouco e muito menos à vontade, o índice caiu de 32% para 31%, no mesmo período.
O INC dos consumidores que se mostraram mais à vontade para comprar itens para casa, por outro lado, avançou um ponto percentual em março em relação ao mês anterior: de 47% para 48%. Já a média dos brasileiros que afirmaram se sentir um pouco menos ou muito menos à vontade para comprar esse tipo de produto agora do que há seis meses ficou em 23%, frente aos 24% registrados um mês antes.
Região e classe social
Ao considerar as compras maiores, como as de um carro ou casa, a pesquisa aponta que a classe social que se mostrou mais à vontade foi a AB, com 45% das respostas, contra 36% da C e 21% da DE.
As regiões Norte e Centro-Oeste apresentaram 44% da população declarando estar um pouco ou muito mais à vontade com as compras maiores. O Sul ficou com 42%, seguido pela região Nordeste (35%) e Sudeste, onde o índice foi de 33%.
No caso dos itens para a casa, a maior disposição veio novamente da classe AB, que apresentou índice de 58%. Na C, o apurado foi de 51%, e na DE, de 33%.
Por região, mais uma vez, Norte e Centro-Oeste apresentaram o maior percentual de consumidores que se sentem muito ou um pouco mais à vontade para comprar itens para casa, com 60%. No Nordeste, o índice foi de 54%; no Sul, de 51%; e no Sudeste, de 45%.
Próximos seis meses
Quando se trata da situação financeira, 55% dos consumidores esperam que ela esteja melhor nos próximos seis meses, uma queda de dois pontos percentuais em relação a fevereiro.
Apesar da queda no otimismo, caiu em um ponto percentual o número de consumidores que acreditam que a situação financeira irá piorar, passando de 8%, em fevereiro, para 7%, em março.
Os mais otimistas em relação à situação financeira nos próximos seis meses são os consumidores da classe C, com 55%, seguido pelos da classe AB (54%) e DE (53%).
Considerando as regiões brasileiras, o Nordeste é o que mais acredita que a situação financeira vai melhorar nos próximos seis meses, com 57%, seguido pelo Norte e Centro-Oeste (54%), Sudeste (54%) e Sul (51%).
InfoMoney, 11/04/2011