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O Brasil começa a formar uma rede de proteção monetária entre os seus pares emergentes. São fundos de reservas e acordos bilaterais para troca de moedas que podem ser acionados com maior rapidez caso algum país passe por uma crise financeira.
 
As discussões estão sendo feitas tanto com os vizinhos, nas reuniões da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), como entre os integrantes da sigla Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
 
“Ao estabelecer essa rede de segurança, os participantes vão definir suas próprias regras e, para acioná-lo, não vão ficar dependendo de outras regiões ou países que têm mais poder no Fundo Monetário Internacional (FMI)”, disse ao Brasil Econômico o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Cozendey. Com isso, será possível até ter um nível de exigência e contrapartida menores para o empréstimo de recursos em caso de necessidade.
 
Segundo ele, por enquanto, a intenção é que esses mecanismos sejam complementares ao organismo multilateral. Até porque, como ainda estão em formação, esses fundos não dispõe do mesmo volume de recursos que o FMI.
 
“Vamos continuar tendo no Fundo um pilar muito importante, mas a experiência de sucesso de Chiang Mai (fundo comum de China, Japão, Coreia e outros asiáticos) e dos próprios europeus, que agora têm seu próprio fundo de reservas, mostra que pode ser interessante ter outros instrumentos regionais à disposição.”
 
A decisão para a formação de uma base de reservas em dólares dos quais o Brasil vai participar já está tomada tanto entre o Brics como também entre países integrantes da América do Sul.
 
No caso do acrônimo, as discussões preliminares ainda não tiveram início, mas a intenção é formar um fundo plurilateral virtual a exemplo do que existe dentro do acordo de Chiang Mai — no qual, após acertados os valores, cada país coloca o montante de suas reservas à disposição para quem precisar dos recursos.
 
“Se algum dos países tiver uma crise no balanço de pagamentos e precisar de recursos para reservas, ou algum problema de liquidez, recorre a isso e paga um juro já estabelecido”, explicou o secretário, lembrando que os recursos não saem das reservas do país antes de serem acionados.
 
Segundo Cozendey, até o final do ano, para a reunião dos ministros de finanças da Unasul, deve estar pronto um desenho do fundo sul-americano de recursos.
 
A proposta brasileira é a de que o fundo do Brics seja virtual — fique dentro da reserva do próprio país. Isso porque, diz o secretário, não seria interesse do Brasil aportar recursos, reduzindo de suas reservas internacionais para esse fim, mas apenas deixá-los apartados para serem usados se preciso.
 
Ainda está em curso uma discussão sobre o formato do instrumento, uma vez que Colômbia e Peru querem adotar o modelo já existente no qual há real aporte de dólares e gestão única.
 
Já Bolívia e Venezuela querem um modelo diferente porque acham que essa estrutura torna o fundo muito acanhado. Hoje os recursos disponíveis estão em torno de US$ 2 bilhões.
 
Fonte: Brasil Econômico/ Simone Cavalvanti – 20/07/2012

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