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O sistema bancário brasileiro demonstra capitalização suficiente para enfrentar riscos econômicos e financeiros e o índice de Basileia das instituições financeiras permanece “significativamente” acima da exigência de 11%, fechando dezembro passado em 16,3%.

As informações estão no Relatório de Estabilidade Financeira do Banco Central divulgado ontem e com base em eventos ocorridos no segundo semestre do ano passado.

Segundo o documento, a capacidade de solvência do sistema bancário doméstico continua “robusta”.O BC realizou testes de estresse, levando também em consideração cenários de extrema deterioração econômica, e o resultado mostrou que o capital das instituições permanece acima do exigido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

“Testes mostram sistema financeiro resiliente. Em um teste de estresse mais rigoroso, não há quebra de nenhuma instituição financeira”, afirmou o diretor de Fiscalização do BC, Anthero Meirelles.

O BC informou ainda que a “disponibilidade de recursos nos mercados doméstico e externo permitiu aos bancos financiar o crescimento da carteira de crédito e aumentar o montante de ativos líquidos”.

Com isso, mesmo com a maior volatilidade nas taxas de câmbio e de juros, os bancos no país demonstraram “plena capacidade para fazer frente a eventuais restrições de recursos, mesmo em situações de estresse”.

O setor financeiro brasileiro demonstrou uma sólida resistência ante a instabilidade internacional, graças em boa parte às políticas governamentais, segundo um relatório conjunto do FMI e do Banco Mundial publicado ontem.

“O Brasil ostenta uma posição única para impulsionar o desenvolvimento de seu setor financeiro de forma vigorosa, particularmente para aprofundar o financiamento privado de longo prazo”, explicaram as instituições no comunicado conjunto.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM) realizaram um monitoramento durante as últimas três semanas, como parte de um programa de avaliação financeira dos países emergentes estabelecido em 1999.

Apesar disso, ressaltam as duas instituições, o desenvolvimento dos mercados de capital no Brasil segue sofrendo com as altas taxas de juros e com o curto prazo da maioria dos instrumentos de investimento financeiro.
Modificar esta situação é “uma agenda difícil”, reconhece o comunicado.Embora esteja reduzindo suas taxas de juros, o Brasil mantém uma rígida política que dificulta a entrada de capitais especulativos em seus mercados, principalmente por meio de impostos, em um contexto de forte valorização do real.

A avaliação do setor financeiro brasileiro foi efetuada por uma equipe liderada respectivamente por Dmitri Demekas, do Fundo, e por Augusto de la Torre, do BM.

Fonte: Brasil Econômico/ Reuters – 22/03/2012

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