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Os maiores bancos dos países emergentes iniciaram uma ofensiva para tentar escapar da nova regulamentação para o mercado financeiro que está sendo gestada no âmbito do G20 (grupo das maiores economias do mundo) e do FMI.

O temor é que as regras mais rígidas que estão sendo preparadas nos países avançados diminuam a atual expansão do crédito que está na base do crescimento mais acelerado entre os emergentes.

Neste ano, enquanto as economias avançadas devem crescer em média 2,3%, os emergentes podem chegar a 6,3%, segundo as previsões do FMI.

No Brasil, o volume de crédito em 2009 aumentou 15%, totalizando R$ 1,4 trilhão. Como proporção do PIB (Produto Interno Bruto) isso representa 45%. Em muitos países avançados supera 100% do PIB.

Dentro do escopo de medidas consideradas na regulamentação há novas taxas e controles maiores até para operações de crédito para empresas médias e para financiamentos via cartão de crédito. Segundo Jorge Saldarriaga, representante dos bancos emergentes no IIF (instituto que reúne quase 400 instituições financeiras no mundo), as crises do passado em regiões como América Latina e Ásia já levaram os bancos a ter controles e padrões mais rígidos na comparação com os países desenvolvidos.

A mesma visão é partilhada pelas autoridades do Brasil, que já se posicionaram contra a adoção de taxas para criar um fundo com dinheiro dos bancos. Os valores desse fundo ficariam guardados para eventualmente retribuir os contribuintes em caso de mais dinheiro público vier a ser utilizado para cobrir perdas provocadas por crises bancárias.

Tanto o ministro Guido Mantega (Fazenda) quanto o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ressaltaram que o Brasil já tem taxas sobre o sistema (como o IOF, imposto sobre operações financeiras) e a figura do compulsório (parte dos depósitos à vista que é retida no BC).

Além das regras diferentes para os bancos dos países emergentes, o IIF vem reiterando que outras, para as instituições de países avançados, não deveriam ser “extremamente rígidas”, de modo a não limitar o volume de créditos para a economia internacional.

O IIF defende também que credores e acionistas sejam completamente punidos em caso de falência de bancos, de modo a tirar o contribuinte da lista dos que pagam a conta.

“Estamos conscientes da raiva e da reação política que provocamos, mas queremos trabalhar junto com as autoridades para melhorar o sistema”, afirmou Charles Dallara, diretor-gerente do IIF.

Fonte: Folha de S.Paulo/Fernando Canzian – 26/04/10

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