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A autorização do Banco Central (BC) para a compra e venda de moeda estrangeira em caixas eletrônicos já leva bancos e fabricantes de equipamentos a estudarem alternativas para a oferta desse novo serviço. Os planos de compra das máquinas “cambiadoras” e de exploração desse serviço já estão em andamento, apenas no aguardo do anúncio oficialmente sobre a forma de identificação dos clientes que realizarem essas transações. “Ainda falta essa normatização, que esperamos que saia em breve, até semana que vem”, diz Demilson Guilhem, diretor presidente da Hass Latam, fabricante de terminais de autoatendimento que há um ano conversa com a autoridade monetária sobre o tema.
 
Na semana passada, o BC autorizou que caixas eletrônicos ofereçam esse serviço, limitado ao equivalente a US$ 3 mil, mediante a identificação do cliente, como já acontece nas operações de câmbio tradicionais.
 
Guilhem afirma que o BC deve permitir que cartões bancários, como os de crédito, possam ser usados como forma de identificação do cliente que irá realizar a transação, mesmo que o pagamento da compra de moeda seja feito em espécie.
 
No entanto, há bancos que não descartam outras soluções, como a identificação por meio da leitura do código de barras bidimensional existente em passaportes. “Essa é uma tecnologia que já existe’, lembra o diretor dos canais digitais do Bradesco, Luca Cavalcanti, responsável no banco pela implantação desse serviço. “É um processo complexo, uma vez que envolve a transmissão de dados online para evitar prejuízos na hora de conversação das moedas.”
 
Sem a definição sobre o meio de identificação, a rede de caixas eletrônicos 24 Horas, da Tecban (Tecnologia Bancária), também está em compasso de espera para definir a sua estratégia. Itaú e Santander também avaliam alternativas possíveis para a implementação.
 
Mas mesmo com cenário indefinido, Guilhem, da Hass Latam, afirma que a empresa já conversou com todos os grandes bancos, as principais corretoras de câmbio e com a Associação Brasileira das Corretoras de Câmbio (Abracam) para a oferta da máquina desenvolvida na Alemanha. Segundo o executivo, já há alguns contratos em discussão.
 
A expectativa da empresa é vender ao menos 600 “cambiadoras” até o final do ano que vem. Primeiramente os equipamentos serão importados, mas a expectativa da Hass Latam é começar a fabricá-los no Brasil a partir do ano que vem – o investimento previsto é de R$ 50 milhões.
 
No modelo desenvolvido para atender o mercado brasileiro, a máquina poderá aceitar pagamento em 15 diferentes moedas. No entanto, estará disponível, para compra, no máximo três. A intenção é também vender esse equipamento para outros países do Mercosul.
 
Embora 600 máquinas seja um número pequeno em relação aos mais de 170 mil caixas eletrônicos instalados no Brasil, esses equipamentos vão ocupar espaço em poucos locais específicos, como hotéis, aeroportos, shoppings e casas de câmbio de grande movimento. Também não está descartado o uso de máquinas itinerantes para atender eventos como os jogos da Copa do Mundo.
 
Essa foi inclusive uma das razões que levou o BC a flexibilizar as regras sobre compra e venda de moeda. Além da permissão para operações em caixas eletrônicos, casas de câmbio e bancos poderão utilizar estabelecimentos comerciais para atuar como correspondentes, garantindo maior capilaridade da rede de câmbio no país durante a Copa, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016.
 
Fonte: Brasil Econômico/ Ana Paula Ribeiro – 03/08/2012

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