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Neste segundo semestre, os bancos anteciparam o lançamento de linhas de capital de giro para as pequenas empresas. O objetivo foi atender com urgência a demanda por crédito para o aumento de produção e pagamento de décimo terceiro salário no final do ano. Além de anteciparem suas necessidades, buscando crédito mais cedo, as pequenas empresas também estão optando por linhas com prazos maiores. “Adiantamos a campanha de linhas para capital de giro para o décimo terceiro salário quando percebemos que, no início do segundo semestre, a demanda pelo crédito já estava forte”, conta o superintendente executivo de pequenas e médias empresas do Santander, André Demitroff.

No Santander, a linha de capital de giro, chamada SuperGiro Premium, começou em 2008 com prazo de pagamento de 18 meses. Em agosto deste ano se estendeu para 24 e 36 meses, sendo que os clientes que pagarem todas as parcelas pontualmente, na data de vencimento, ainda serão bonificados em até três parcelas. Trata-se de uma linha de crédito pré-aprovado para despesas planejadas como o pagamento do décimo terceiro salário dos funcionários e compra de equipamentos.

A taxa de juro cobrada pode variar de 1,60% a 2,63% ao mês, dependendo do histórico de relacionamento do cliente com o banco. No primeiro semestre de 2010, o saldo de recursos emprestados às pequenas e médias empresas somava R$ 32,36 bilhões no Santander.

“A pequena empresa só tomava crédito de curto prazo quando antecipava o desconto de recebíveis (duplicatas, cheques e cartões de crédito). Não havia o hábito do crédito de longo prazo. A estabilidade deixou as empresas mais confiantes”, explica o diretor de empréstimos e financiamentos do Bradesco, Octávio de Lazari Junior.

A expectativa do executivo é de que, até o final do ano, o volume de empréstimos às pequenas empresas cresça entre 28% e 32% sobre 2009. No encerramento do primeiro semestre de 2010, o Bradesco apresentava R$ 72,3 bilhões de recursos emprestados às pequenas e médias empresas.

O diferencial no crédito ofertado em 2010 é o alongamento do prazo de pagamento. “Começamos a entender o negócio da pequena empresa, atuando como consultor”, diz Lazari Junior. A compreensão das reais necessidades do pequeno empresário é fruto do acompanhamento próximo do Bradesco aos Arranjos Produtivos Locais (APLs) desde 2003, por meio de parceria firmada com o Sebrae de São Paulo.

Do total de 957 APLs mapeados, o Bradesco atua em 338, com oferta de crédito aos pequenos empresários. São 28 mil empresas atendidas com recursos do banco. “Em vez de ficar sem capital no pagamento de uma máquina, o empresário compreendeu que poderia pagar o equipamento ao longo da depreciação dele, por quatro ou cinco anos”, conta o diretor.

Os recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) são oferecidos po meio do “Cartão Bradesco BNDES”, que permite o repasse de recursos do banco de fomento para a compra de máquinas e equipamentos para companhias com faturamento até R$ 60 milhões por ano. Neste caso, o prazo de pagamento é de 48 meses e a taxa de juro de 0,97% ao mês.

Outra fonte disponível para os negócios de menor porte no Bradesco é a do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Estas linhas podem ser acessadas por empresas que faturam até R$ 90 milhões por ano, com prazo de até 72 meses. A taxa de juro é de 5,5% ao ano, somada à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) que está em 6% ao ano.

Os empréstimos para pequenas empresas somavam R$ 47,3 bilhões no Banco do Brasil até o final de junho, registrando crescimento de 20% em relação ao primeiro semestre de 2009. A expectativa é de que o forte crescimento da carteira de crédito a pequenos empresários seja mantido até final de 2010, diz o diretor de micro e pequenas empresas do BB, Clenio Severio Teribele.

O atual incremento de 20% da carteira de crédito para as pequenas empresas é significativo, se comparado ao vigoroso resultado obtido em 2009, quando o BB implementou um conjunto de medidas para aumentar o acesso ao crédito, como a ampliação do limite de crédito para operações com recebíveis para cerca de 303 mil micro e pequenas empresas, ampliação do prazo de pagamento de 12 para 24 meses na antecipação das vendas futuras com cartão de crédito, e agilidade na contratação das operações.

Segundo Teribele, no segundo semestre de 2009, a linha mais acessada costuma ser a BB Giro décimo terceiro salário, anunciada em 20 de setembro, com taxa de juro de 1,39% ao mês mais Taxa Referencial (TR) para os clientes que optam pela vinculação do contrato ao Fundo de Garantia de Operações (FGO), mecanismo que complementa as garantias em até 80% do valor do empréstimo. A taxa máxima é de TR mais 2,32% ao mês. A linha permite o financiamento de até 100% do valor da folha de pagamento, mais encargos sociais, com prazo de até 13 meses para a quitação do empréstimo, explica Terible.

A Caixa registrava, no final do primeiro semestre, o saldo da carteira de empréstimos às pequenas empresas na ordem de R$ 9,5 bilhões, crescimento de 12,06%, se comparado ao mesmo período de 2009. A expectativa é de fechar 2010 com o saldo de R$ 11,5 bilhões.

Para atrair mais pequenas empresas, em 2010, a Caixa criou linhas de crédito para capital de giro com garantia FGO. Segundo o superintendente nacional de micro e pequenas empresas, Zaqueu Soares Ribeiro, uma das linhas bastante acessadas pelas pequenas empresas, no momento de desembolso de recurso para a aquisição de estoque e duplo pagamento de salários, é a Crédito Especial Empresa. A linha apresenta limite máximo de R$ 250 mil, conforme a capacidade de pagamento da empresa, e prazo de pagamento de até 24 meses, A taxa mínima de juro cobrada é de 1,49% ao mês, se houver adesão ao FGO.

Os recursos emprestados para o segmento de pequenas e médias empresas no HSBC cresceu 24% de janeiro a julho, em relação ao mesmo período de 2009. A estimativa, para o final deste ano, é de o percentual alcançar 48% sobre 2009, explica o diretor do HSBC Empresas, Marcelo Aleixo.

Composto por empresas que faturam até R$ 20 milhões ao ano, o segmento de pequena e média tem à sua disposição a linha “Capital de Giro Décimo Terceiro”, com carência de 60 dias e prazo de pagamento em até 18 meses. A taxa de juro é de 2,8% ao mês. O limite do empréstimo depende do porte da empresa e do relacionamento dela com o banco.

Fonte: Valor Econômico / Adriana Aguilar – 30/09/2010

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