O seu navegador está desatualizado!

Atualize o seu navegador para ter uma melhor experiência e visualização deste site. Atualize o seu navegador agora

×

 

Depois de a área de gestão de riscos ter ganhado importância dentro das companhias — devido à inesperada turbulência econômica e aos desastres naturais que provocaram inúmeras perdas financeiras e de vidas —, o novo desafio, agora, é preencher a lacuna que separa as expectativas dos gestores da área em relação ao que os presidentes das empresas esperam do departamento. Pesquisa da Marsh e da Risk Management Society, obtida com exclusividade pelo Brasil Econômico, com 1.322 gerentes de risco e executivos de 50 países aponta que não há entendimento entre eles se a área tem de apresentar um caráter mais defensivo ou se deve antecipar possíveis riscos. O levantamento foi feito com pequenas, médias e grandes empresas, dos setores público, privado, sem fins lucrativo e governamental, de diversos segmentos, tais como: seguros, tecnologia, alimentício, varejista, imobiliário e assistência médica.

Para os executivos, o departamento tem de participar do desenho das estratégias de curto e longo prazos das organizações. “A expectativa da liderança é de que os gestores de risco sejam capazes de entender do negócio e da indústria em que a companhia está inserida, o que significa entender os riscos associados e não só olhar para as questões operacionais”, afirma Eduardo Takahashi, diretor do segmento risk management da Marsh Brasil.

Enquanto isso, os gestores de risco que estão se sentindo cada vez mais pressionados, devido à maior complexidade do cenário mundial e da dispersão geográfica da s companhias . Por isso, estão com olhar voltado para a execução mais eficiente das atividades diárias e a integração dos projetos em andamento. Em resumo, estão tentando melhorar a rotina de trabalho e não o aumento do escopo das funções.

“A solução para essa divergência é menos conversa e mais ação. Não adianta um reclamar do outro. A mudança cultural das empresas, em geral, acontecem de cima para baixo. Os executivos sêniors têm de ter consciência dos riscos a que a empresa está exposta e, a partir desse mapeamento, estruturar políticas de gestão de risco e financeiro”, aponta Takahashi.

Outro desencontro se dá na percepção do uso dos custos totais de risco (TCOR). Pelo levantamento, 51% dos altos executivos disseram que suas organizações não usam esse indicador, no entanto, 68% dos gestores de risco afirmaram que o utilizam como medida eficaz de avaliação. Por esse cálculo, é possível medir, por exemplo, o risco de transferência de seguros e perdas.

A presença de comitês de risco nas empresas, no primeiro trimestre do ano, chegou a 60%. Este número tende a registrar um aumento nos próximos anos, já que, segundo a pesquisa, 40% dos entrevistados disseram ter interesse em criar um comitê para sua organização. Para mais de um terço dos entrevistados disseram que seus comitês de excelência de risco poderiam usar ainda melhor as análises, entre as quais a simulação de perda.

Neste cenário, outra dissonância é sobre o tema a ser debatido pelas comissões. Para os executivos de altos cargos, o risco estratégico é claramente o principal assunto a entrar na pauta dos comitês, seguido pelo risco financeiro. Já no caso dos gestores de risco, essa classificação se inverte: o risco financeiro é mais importante do que o estratégico para ser tratado pelas comissões. “Comitês de risco servem para espalhar a responsabilidade, deixar mais aberto. Empresas correm riscos diversos e não só mais de seguro. Precisa olhar a gestão de forma holística até porque as empresas não fazem lucro se protegendo 100%. Tem que assumir riscos.”

Fonte: Brasil Econômico/ Natália Flach – 21/05/2012

Outras notícias

Sistema financeiro mundial ainda não está saudável, diz FMI

Leia mais

Bancos centrais preparam ação conjunta

Leia mais

"Sistema financeiro está mais seguro do que antes da crise"

Leia mais