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O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse na sexta-feira que o crescimento da economia vai acelerar nos próximos trimestres, mas que o movimento ocorrerá com preços sob controle. Para o mercado financeiro, no entanto, o discurso não traz novidades e, portanto, não deve mudar as apostas para a política monetária, que possam refletir em queda mais acentuada nos juros básicos. A expectativa é que a Selic encerre o ano a 7,25%.
 
“Não há nada que pudesse afetar as apostas para a política de juros. Tem argumento para quem tem um call para mais um corte, e para quem acha que o ciclo vai se alongar ate outubro”, afirma o economista-chefe da WestLB, Luciano Rostagno.
 
No próximo dia 29, o Comitê de Política Monetária (Copom) definirá a nova Selic — hoje na mínima histórica de 8% ao ano — e o mercado esperava que mais um corte de 0,50 ponto percentual ocorra, assim como mais uma redução de 0,25 ponto em outubro.
 
Mas nem todos os economistas pensam assim. Para André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, a autoridade monetária não tem outra opção além de levar os juros para patamares ainda mais inferiores que o projetado pelo mercado.
 
“O cenário de levar a Selic até 6% nos parece extremamente factível agora uma vez que as medidas do planalto só terão um efeito mais claro apenas no final de 2013. O governo está de mãos atadas e não pode incentivar mais a economia sob pena de comprometer o orçamento da União (lembremos que apesar da resistência do Planalto, algum tipo de reajuste será dado aos servidores, o que diminui ainda mais o poder de fogo do governo)”.
 
Em seu discurso, Tombini fez questão de ressaltar que essa recuperação da atividade se dá diante de um cenário de inflação sob controle.
 
“As estimativas dos próprios participantes de mercado e dos organismos internacionais apontam para a aceleração do crescimento ao longo dos próximos trimestres. E esse cenário irá se materializar em ambiente de preços sob controle, com inflação convergindo para a meta, embora esse não seja um processo linear”, afirmou Tombini.
 
A meta de inflação é de 4,5% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos. Nas últimas semanas, no entanto, os preços têm sofrido mais pressão por conta dos alimentos.
 
Quanto ao financiamento de veículos, o presidente da autoridade monetária afirmou que as concessões realizadas desde o segundo semestre de 2011 apresentam menores níveis de inadimplência. “Os prognósticos são positivos para a expansão do crédito nos próximos anos. O importante é que essa expansão ocorra de forma sustentável”, disse.
 
Considerando o ambiente de taxas de juros em patamares mais baixos, de redução dos spreads e de competição no sistema financeiro, Tombini garantiu que o BC está atento a esse processo, e “não hesitará em adotar medidas necessárias quando identificar qualquer tipo de risco à estabilidade do sistema financeiro e da própria economia”.
 
Ao mesmo tempo em que Tombini se mostrou confiante na economia doméstica, afirmou que o cenário internacional continua sujeito a um “elevado grau” de incerteza e perspectivas de crescimento mundial para os próximos anos se mantêm abaixo da tendência de longo prazo.
 
Fonte: Brasil Econômico – 20/08/2012

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