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A inadimplência bateu mais um recorde em maio e ninguém arrisca cravar o ponto de virada desse ciclo que se estende desde o início do ano passado, após inúmeras previsões frustradas. Mas há no mercado a percepção de que os bancos têm se esforçado para se livrar dos créditos problemáticos, especialmente no segmento de veículos – o grande “vilão”.

 
A avaliação é de que o sistema financeiro passa, no momento, por um “saneamento”. Dois movimentos simultâneos em curso executados pelos bancos sinalizariam a tendência de melhora da inadimplência. De um lado, um estoque grande de financiamentos antigos está sendo reestruturado, em parte pelos esforços de cobrança dos bancos, em parte por iniciativa dos próprios tomadores, que procuram o crédito consignado (mais barato) para equacionar outras dívidas. De outro lado, o maior rigor adotado pelas instituições financeiras nas concessões permite supor que o volume de empréstimos originados desde o início do ano tem melhor qualidade.
 
“Como o saldo antigo é grande e, neste ano, o ritmo de concessão de crédito é menor do que no ano passado, leva tempo para a inadimplência se acomodar”, observa Nicola Tingas, economista da Acrefi, associação que reúne financeiras. A tendência é de alívio daqui para frente, na visão de Tingas, embora ele não ouse fazer uma projeção.
 
O financiamento de veículos – cuja inadimplência aumentou 0,2 ponto percentual em maio ante abril, atingindo 6,1% – é um exemplo emblemático dessa dinâmica. O crédito automotivo representava 7% do PIB brasileiro em 2008, número que foi reduzido para 4,1% em maio de 2012. Esse desempenho é consequência direta do maior rigor adotado pelos bancos na hora de liberar os financiamentos para a modalidade. Essa maior “seletividade” é verificada, principalmente, na exigência de entrada de no mínimo de 20% do valor do financiamento.
 
Em um relatório do início de junho, os analistas do Santander Henrique Navarro e Renato Schuetz atribuem os problemas de qualidade dos ativos de crédito automotivo às campanhas excessivamente agressivas de 2010 e 2011. “Agora que os padrões de crédito foram restringidos e os modelos recalibrados, acreditamos que trata-se de uma questão de tempo até que os bancos se livrem dos créditos inadimplentes desses anos de originação, um processo que provavelmente vai durar até o fim de 2012”, ressaltam no relatório.
 
Fonte: Valor Econômico/ Aline Lima – 27/06/2012

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