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A produção industrial brasileira cresceu 1,5% em fevereiro deste ano em relação a janeiro, na segunda alta consecutiva. O resultado foi puxado principalmente pela expansão dos bens de consumo e dos bens de capital. Na comparação com fevereiro de 2009, quando o setor ainda vivia de forma mais intensa os efeitos da crise, a alta foi de 18,4%.

Com o resultado, a produção voltou aos níveis verificados em maio de 2008. Também ficou apenas 3,2% abaixo do recorde verificado em setembro daquele ano.

No caso dos fabricantes de bens de consumo semi e não duráveis, no entanto, o patamar pré-crise já foi superado em 1,6%. O segmento sofreu menos com o desaquecimento da economia por ser mais voltado para o mercado interno e menos dependente da oferta de crédito aos consumidores.

Em fevereiro, a alta da produção dos bens não duráveis foi de 2,4% sobre janeiro. A segunda maior expansão foi verificada nos bens de capital, que inclui máquinas e equipamentos. A alta foi de 1,7%.

“Esse setor perdeu ritmo nos meses de dezembro de 2009 e de janeiro deste ano. Ao voltar a crescer a essa taxa expressiva de 1,7%, fortalece as expectativas de vê-lo assumir uma das lideranças da produção industrial, como ocorria antes de setembro de 2008, bem como confirma que os investimentos estão sendo retomados de modo mais consistente”, diz boletim do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) divulgado ontem.

O economista André Macedo, do IBGE, ressalta que, desde abril de 2009, quando teve início a recuperação da produção de bens de capital, o setor acumula alta de 31,4%.

Mesmo assim, o patamar de produção atual ainda está 9,9% abaixo do de setembro de 2008. Como o setor está relacionado à expansão da capacidade produtiva, é considerado indicativo do comportamento da indústria no futuro.

Nas outras categorias, a defasagem em relação aos níveis pré-crise é menor. Fica em menos 1,3% nos bens intermediários e em menos 0,7% nos bens de consumo duráveis. O primeiro grupo diminuiu o ritmo de produção em fevereiro, mas a queda de 0,5% é vista como uma “acomodação” após 13 meses seguidos de expansão. Já os bens duráveis tiveram alta de 0,7% sobre janeiro.

Macedo também destacou que o crescimento em relação a fevereiro de 2009 foi generalizado. Dos 755 produtos pesquisados, 72,1% tiveram produção maior neste ano. É o maior percentual da série histórica iniciada em 2003.

A amplitude da melhora aparece também na análise setorial. Dos 27 ramos industriais pesquisados, apenas dois produziram em fevereiro deste ano menos do que em fevereiro de 2009. Foram eles o setor de fumo e de outros equipamentos de transporte, que inclui a indústria de aviões.

Fonte: Folha de S.Paulo/Denise Menchen – 02/04/10

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