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As promessas de campanha da presidente Dilma Rousseff de ter juros menores estão, aos poucos, se tornando realidade. Na última reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) deu mais um passo em direção à taxa de apenas um dígito ao reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual. Além disso, a inflação acima do centro da meta — embora comprometa o crescimento do país—empurra para baixo os juros reais. Neste ano, a combinação de Selic em 11% e do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 6,5% levará os juros reais a 4,2%, de acordo com estudo feito pela Austin Rating. Se a inflação do ano for confirmada neste patamar, o juro real pode ser o menor desde 1995.
A expectativa para o ano que vem é de um número ainda mais baixo. Se a projeção de juros nominais se confirmar em 9% e a inflação ficar em 6% — como a agência de classificação projeta —, o resultado será juros reais em 2,8%. Com isso, a meta de Dilma de ter uma taxa entre 2% e 3% será atingida. “O que parece é que o Brasil tem meta de juros e não de inflação”, sinaliza o ex-presidente do Banco Central (BC), Gustavo Loyola. “Acredito que o BC é independente e Alexandre Tombini, sério, mas a interferência do governo não deixa de ser um ruído”, diz Loyola, que é sócio da Tendências Consultoria.
Alex Agostini, economista chefe da Austin Rating e responsável pelo estudo, alerta que os juros reais chegarão ao patamar desejado pelo governo à custa de uma inflação alta. “A questão é que os juros nominais estarão baixos e a inflação, alta, perto do teto da meta de 6,5%. O resultado será impacto sobre a renda do brasileiro”, analisa. A combinação ideal, segundo Agostini, ocorreu, em2009, quando a Selic ficou em 8,75% e o IPCA, em 4,3% — bem próximo, portanto, do centro da meta de 4,5%. Consequentemente, os juros reais atingiram 4,3%. Já o pior cenário foi visto em 2003, quando a inflação alcançou 9,3% e a Selic 16,6%, apesar de os juros reais terem ficado apenas em 6,6%.
É justamente a inflação o grande desafio para o ano que vem. Na ata do Copom, divulgada ontem, o BC mostrou confiança de que o IPCA estará bem próximo do centro da meta. “Para 2012, as projeções de inflação no cenário de referência e no de mercado se reduziram, posicionando se ao redor do valor central da meta nos dois cenários”, mostra o documento.
Segundo Eduardo Velho, economista da Prosper Corretora, a autoridade monetária acredita que haverá estabilidade nos preços das commodities e no aprofundamento da crise na Europa.
No entanto, o primeiro bimestre será crucial para que o cenário projetado pelo BC se materialize, já que sazonalmente é neste período em que a inflação é pressionada por reajustes de preços monitorados e administrados. “O BC trabalha com a expectativa de recuperação da demanda interna em algum momento no segundo trimestre de 2012”.
O economista chefe do Itaú BBA, Ilan Goldfajn, aposta em quatro cortes na Selic em 2012, a 9%, o que resultará em taxa real entre3%e 4%(perto da estimativa da Austin), já que a expectativa de IPCA em 2012 é de 5,2%. “Toda vez que a taxa real se aproxima de 4%a atividade econômica acelera”, diz. Por essa razão, Goldfajn espera um primeiro semestre mais fraco, mas com aceleração no segundo. Já Loyola vê Selic a 9,5% em 2012, com três quedas. “Se o ambiente externo se agravar pode ir a 8,5%.”
No mercado de juros futuros, os contratos de DI subiram ontem sinalizando cortes moderados de 0,5 p.p. na Selic, começando em janeiro. “Os DIs estão se ajustando após a redução para 11% na semana passada e a ata confirmando moderação no ritmo de queda”, afirma Sérgio Manoel Corrêa, economista da LLA Investimentos.
Fonte: Brasil Econômico/Natália Flach e Priscila Dadona – 09/12/2011

Juro real em 2012 pode ser o menor desde 1995
As promessas de campanha da presidente Dilma Rousseff de ter juros menores estão, aos poucos, se tornando realidade. Na última reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) deu mais um passo em direção à taxa de apenas um dígito ao reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual. Além disso, a inflação acima do centro da meta — embora comprometa o crescimento do país—empurra para baixo os juros reais. Neste ano, a combinação de Selic em 11% e do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 6,5% levará os juros reais a 4,2%, de acordo com estudo feito pela Austin Rating. Se a inflação do ano for confirmada neste patamar, o juro real pode ser o menor desde 1995.
A expectativa para o ano que vem é de um número ainda mais baixo. Se a projeção de juros nominais se confirmar em 9% e a inflação ficar em 6% — como a agência de classificação projeta —, o resultado será juros reais em 2,8%. Com isso, a meta de Dilma de ter uma taxa entre 2% e 3% será atingida. “O que parece é que o Brasil tem meta de juros e não de inflação”, sinaliza o ex-presidente do Banco Central (BC), Gustavo Loyola. “Acredito que o BC é independente e Alexandre Tombini, sério, mas a interferência do governo não deixa de ser um ruído”, diz Loyola, que é sócio da Tendências Consultoria.
Alex Agostini, economista chefe da Austin Rating e responsável pelo estudo, alerta que os juros reais chegarão ao patamar desejado pelo governo à custa de uma inflação alta. “A questão é que os juros nominais estarão baixos e a inflação, alta, perto do teto da meta de 6,5%. O resultado será impacto sobre a renda do brasileiro”, analisa. A combinação ideal, segundo Agostini, ocorreu, em2009, quando a Selic ficou em 8,75% e o IPCA, em 4,3% — bem próximo, portanto, do centro da meta de 4,5%. Consequentemente, os juros reais atingiram 4,3%. Já o pior cenário foi visto em 2003, quando a inflação alcançou 9,3% e a Selic 16,6%, apesar de os juros reais terem ficado apenas em 6,6%.
É justamente a inflação o grande desafio para o ano que vem. Na ata do Copom, divulgada ontem, o BC mostrou confiança de que o IPCA estará bem próximo do centro da meta. “Para 2012, as projeções de inflação no cenário de referência e no de mercado se reduziram, posicionando se ao redor do valor central da meta nos dois cenários”, mostra o documento.
Segundo Eduardo Velho, economista da Prosper Corretora, a autoridade monetária acredita que haverá estabilidade nos preços das commodities e no aprofundamento da crise na Europa.
No entanto, o primeiro bimestre será crucial para que o cenário projetado pelo BC se materialize, já que sazonalmente é neste período em que a inflação é pressionada por reajustes de preços monitorados e administrados. “O BC trabalha com a expectativa de recuperação da demanda interna em algum momento no segundo trimestre de 2012”.
O economista chefe do Itaú BBA, Ilan Goldfajn, aposta em quatro cortes na Selic em 2012, a 9%, o que resultará em taxa real entre3%e 4%(perto da estimativa da Austin), já que a expectativa de IPCA em 2012 é de 5,2%. “Toda vez que a taxa real se aproxima de 4%a atividade econômica acelera”, diz. Por essa razão, Goldfajn espera um primeiro semestre mais fraco, mas com aceleração no segundo. Já Loyola vê Selic a 9,5% em 2012, com três quedas. “Se o ambiente externo se agravar pode ir a 8,5%.”
No mercado de juros futuros, os contratos de DI subiram ontem sinalizando cortes moderados de 0,5 p.p. na Selic, começando em janeiro. “Os DIs estão se ajustando após a redução para 11% na semana passada e a ata confirmando moderação no ritmo de queda”, afirma Sérgio Manoel Corrêa, economista da LLA Investimentos.
Fonte: Brasil Econômico/Natália Flach e Priscila Dadona – 09/12/2011

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