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Para não fechar o ano com taxa negativa, a produção industrial brasileira precisa crescer 1,6% ao mês de junho a dezembro deste ano, ante o mês imediatamente anterior, avaliou o técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Leonardo Mello. Segundo ele, é esperado que o setor se reaqueça no segundo semestre, embora não no nível necessário. “A aceleração demorou a começar e ainda não há indícios de que começou a acontecer, mas esperamos que a defasagem das políticas monetária e fiscal ainda tenham algum efeito no segundo semestre”, explicou Mello.
 
Segundo o Ipea, a perda de produtividade da indústria de transformação tem contribuído fortemente pela queda dos números da indústria como um todo e pela fraca expansão da economia do país. A elevação do custo unitário do trabalho, provocada pela queda da produtividade combinada com elevação dos salários reais, tem onerado ainda mais o setor industrial, provocando saída de investimentos. “Não há muito estímulo para investir”, disse Renata Silva, técnica do instituto. Caso esse cenário se mantenha, pode ser um forte obstáculo à retomada da atividade industrial nos próximos meses, alerta o Ipea, que não divulga projeções para a atividade industrial.
 
De acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial recuou 0,9% em maio, na comparação com abril (veja quadro abaixo). Na comparação com maio de 2011, o tombo foi de 4,3%. “Os números de maio dizem que o perfil da indústria é de uma queda generalizada por conta de vários fatores”, disse o economista do IBGE André Macedo.
 
“Há a entrada de importados, cenário de crise global e seus efeitos na economia, uma perspectiva negativa dos empresários, aumento da inadimplência e um comprometimento da renda das famílias”, acrescentou.
 
O IBGE informou que houve queda da produção industrial em 14 dos 27 segmentos pesquisados na comparação mensal em maio, com destaque para veículos automotores, com queda de 4,5%, interrompendo três meses de crescimento acumulado em 22,7%. “O setor de veículos ainda trabalha com estoques elevados, tanto que reduziu jornada, cortou horas extras e apresentou algumas paradas”, disse Macedo, lembrando que o peso desse segmento é de 10% no indicador geral, com impactos importantes ligados a outras atividades, como tintas, borracha, plástico e metalurgia.
 
O segmento de alimentos também mostrou retração em maio, de 3,4%, acumulando perdas de 7,1% em dois meses seguidos de recuo na produção. O IBGE também destacou, como atividades que tiveram desempenho ruim no período, a de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-10,9%), e calçados e artigos de couro (-5,3%).
 
Outro dado negativo em maio veio dos bens de capital, ligados ao nível de investimento no país. Entre abril e maio, essa produção caiu 1,8%, e em relação a um ano antes, a queda foi de 12,2%.
 
Fonte: Brasil Econômico/ Reuters – 04/07/2012

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