O seu navegador está desatualizado!

Atualize o seu navegador para ter uma melhor experiência e visualização deste site. Atualize o seu navegador agora

×

O departamento de cobrança dos bancos e financeiras ganhou atenção durante a crise, com o índice de inadimplência chegando ao pico de 8,6% em maio do ano passado. Um ano depois, as instituições estão ampliando suas carteiras de concessão de crédito, mas mantêm a estratégia de cobrança customizada implementada no momento de urgência na recuperação.

Após uma mudança estratégica no departamento de cobrança, o Citibank reduziu em 35% o nível de inadimplência desde maio para os serviços de banco de varejo, cartão de crédito e financeira. “O indicador nunca esteve num patamar tão baixo”, comemora o diretor executivo de gerenciamento de riscos do Citibank, Vitor Loyola.

A reestruturação não envolveu mais contratações ou qualquer tipo de investimento, mas uma mudança estratégica na gestão de cobrança. O principal ponto foi definir o perfil dos inadimplentes. ”Não adianta mandar um boleto de cobrança para cada um, gastando muito tempo e dinheiro. É mais eficiente identificar pontualmente quem tem maior probabilidade de pagar”, explica Loyola. ”Em tempo de queda de spread, esse tipo de retorno faz muita diferença.”

Embora os índices de inadimplência estejam controlados, há um sinal de alerta para o segundo semestre, adverte o economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo. Com a ascensão de novos consumidores à classe média, ele chama atenção para o ingresso de um novo perfil de inadimplente. ”A chamada classe C tem necessidades reprimidas e pode não ter disciplina necessária para administrar seu recurso.”

Ele também destaca a facilidade desse grupo de assumir dívidas em diversos estabelecimentos. Segundo dados da ACSP, 51% dos consumidores inadimplentes devem para um credor, 22% para dois, e há quem possua pendências em até 11 locais diferentes.

De olho nesse risco, o diretor de cartões da Riachuelo, José Rodrigues, coordena 480 funcionários não apenas para cobrar clientes com pagamento em atraso, mas monitorar hábitos de compra e pontualidade nos pagamentos. ”Isso permite a reavaliação constante para evitar a inadimplência”, explica. Para quem está em atraso, a financeira tem 12 alternativas de renegociação.

Neste ano, o executivo pretende lançar serviço de crédito consignado e emissão de cartões de bandeira.

Fonte: Brasil Econômico/Ana Luísa Westphalen – 06/05/10

Outras notícias

Luxo? 50% da classe C associa conceito a status, mostra pesquisa

Leia mais

Taxa de desemprego é a menor para o mês de outubro desde 2002

Leia mais

Mais da metade dos brasileiros investiriam em empresas socialmente ativas

Leia mais