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Assim como as exportações, as importações brasileiras atingiram níveis recordes em agosto. Puxadas pela valorização cambial, as compras externas subiram 26,6% em relação ao mesmo mês de 2010, atingindo
US$ 22,2 bilhões. No acumulado do ano, a alta foi de 27,4%, totalizando US$ 146,7 bilhões. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

A pauta de compras, contudo, revela que a indústria investiu menos nos primeiros oito meses do ano. A participação de bens de capitais (máquinas e equipamentos) caiu de 22,4% para 21,4% na comparação com o
mesmo período do ano passado. A aquisição de matérias-primas para produção também registrou queda entre janeiro e agosto. Segundo o Mdic, a participação de insumos passou de 46,5% em 2010 para 45,9% em 2011.

“A concorrência com os chineses e o real valorizado têm feito com que a indústria brasileira invista menos. O consumo está bastante aquecido, pois a população está ganhando mais e o desemprego atingiu mínimas históricas. Entretanto, uma parte cada vez maior da renda do brasileiro é gasta com os importados”, destaca José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).

O cenário reforça, ainda, a tendência de desaceleração da produção industrial, anunciada esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora a produção tenha apresentado breve melhora em julho,
no acumulado do ano o setor vem crescendo num ritmo menor do que no ano passado.

Os dados do Mdic confirmam esse cenário. As importações de bens de consumo tiveram a participação na balança elevada de 16,9% para 17,3% entre 2010 e 2011.“O câmbio favorece a predileção por importados. O aumento
da renda dos brasileiros fará com que o consumo de bens mais sofisticados, como eletrodomésticos e automóveis estrangeiros cresça ainda mais nos próximos meses”, analisa André Perfeito, economista da Gradual Investimentos.

Fonte: Brasil Econômico/Carolina Alves e Priscilla Arroyo – 02/09/2011

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