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O FMI apontou algumas vulnerabilidades que podem aparecer na economia brasileira caso haja um aprofundamento da crise mundial, embora considere que de forma geral o país vai bem. Forte crescimento do crédito e alta dívida bruta do setor público são as duas das principais preocupações.

Segundo o FMI, a dívida bruta do Brasil pode aumentar o equivalente a 10 pontos percentuais do PIB até 2016 caso um cenário mundial adverso leve a uma queda da atividade de 1 ponto percentual por ano.

Para o organismo, o Brasil está particularmente vulnerável porque tem dívida pública bruta relativamente alta, quando comparado a outros emergentes. O FMI prevê que a dívida bruta chegue a 65% do PIB no fim do ano.

O uso da dívida bruta como termômetro fiscal, porém, é questionado por economistas do governo. O conceito mais usado no Brasil é a dívida líquida, hoje em 39,5% do PIB. A dívida bruta inclui títulos emitidos pelo Tesouro que estão na carteira do Banco Central. A contrapartida desses ativos é o dinheiro que o BC aporta na Conta Única da União, hoje equivalente a 8,6% do PIB. É como se alguém tomasse um empréstimo num banco e, ao mesmo tempo, mantivesse um depósito de mesmo valor numa caderneta de poupança.

Outra vulnerabilidade apontada pelo FMI é o rápido crescimento do crédito e dos preços dos imóveis no Brasil e outros emergentes. “O crescimento do crédito tem sido grande no Brasil, Colômbia, Hong Kong, Índia, Indonésia, Peru e Turquia”, afirma o FMI. Referindo-se ao mercado imobiliário, o FMI assinala que “preços têm escalado rapidamente em Hong Kong, e continuam a aumentar no Brasil e em Cingapura”.

O FMI coloca o crescimento do crédito nos emergentes entre os riscos que podem levar à frustração da recuperação da economia mundial. “A estabilidade financeira em todas essas economias precisa ser monitorada por algum tempo, dado o volume de crescimento de crédito nos últimos cinco anos”, afirma o FMI. A isso se soma a falta de pulso de países avançados para lidar com problemas fiscais e fortalecer sistemas bancários.

Outra vulnerabilidade dos emergentes, diz o FMI, é no aumento do déficit em conta corrente. O problema é mais pronunciado em países como a Turquia. Mas as economias da América Latina, diz o organismo, viram o déficit subir de 0,5% para 1,5% do PIB entre 2009 e 2011, apesar de os preços das “commodities” terem permanecido em altos níveis, ampliando receitas de exportação de países da região. Para o FMI, esse é um resultado que demonstra o aquecimento das economias.

O FMI não faz menção aos déficits em conta corrente do Brasil em particular. Mas, em suas projeções, o déficit externo brasileiro sobe de 1,5% para 2,3% entre 2009 e 2011. “Os déficits [da America Latina] são muito baixos para representar preocupações imediatas, mas podem subir rapidamente se os preços das commodities caírem de forma significativa”, afirma o FMI.

Fonte: Valor Econômico/Alex Ribeiro – 21/09/2011

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