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Os maiores bancos da China poderão não atingir as metas de empréstimos pela primeira vez em pelo menos sete anos, uma vez que a desaceleração econômica está afetando a demanda por crédito. A afirmação é de três autoridades bancárias a par do assunto.

Uma queda dos empréstimos em abril e maio significa que o total dos novos empréstimos dos bancos em 2012 provavelmente será de cerca de 7 trilhões de yuans (US$ 1,1 trilhão), menos que a meta de 8 trilhões de yuans estipulada pelo governo, disse uma das autoridades, que pediu para não ser identificada por não estar autorizada a falar publicamente. Segundo as fontes, os bancos estão dependendo das pequenas e médias empresas para o crescimento dos empréstimos, depois que a demanda dos maiores tomadores estatais caiu.

A redução da demanda por empréstimos atesta a gravidade da desaceleração da China e poderá aumentar as pressões para que o primeiro-ministro Wen Jiabao reduza as taxas de juros e amplie as medidas de estímulo. A economia chinesa poderá crescer no ritmo mais lento em 13 anos em 2012, segundo mostra uma pesquisa divulgada pela Bloomberg na semana passada, uma vez que a crise da dívida na Europa está prejudicando as exportações chinesas e a produção industrial está caindo, assim como a demanda por novas moradias.

Funcionários do Banco Popular da China (o banco central chinês) e dos três maiores bancos do país – Banco Industrial & Comercial da China, Banco para a Construção da China e Banco da China – que lidam com a imprensa não quiseram fazer comentários. No Banco Agrícola da China, ninguém foi encontrado para comentar.

No mês passado, os novos empréstimos concedidos pelos bancos caíram 33% em comparação a março, para 681,8 bilhões de yuans, ficando aquém da previsão média de 780 bilhões de yuans de um grupo de economistas consultados pela Bloomberg. Um terço do novo crédito concedido em abril ocorreu também na forma do chamado crédito de desconto, empréstimos de curto prazo frequentemente usados pelos bancos para inflar o número total.

Este mês poderá ser pior. Os quatro maiores bancos – que respondem por cerca de 40% dos empréstimos – concederam apenas 34 bilhões de yuans até 20 de maio, segundo disse nesta semana, em entrevista, Liu Yuhui, um diretor da Academia Chinesa de Ciências Sociais, instituição apoiada pelo governo. Ele não informou onde conseguiu esse número. Os bancos poderão correr para estimular o crédito nestes últimos dias do mês, principalmente através de notas de curto prazo, disse ele.
A China não divulgou oficialmente as cotas estabelecidas para cada banco ou a meta total de empréstimos para 2012.

O Morgan Stanley juntou-se a bancos como o Goldman Sachs na redução de sua estimativa para o crescimento econômico da China para o ano. A previsão para o PIB anual foi reduzida de 9% para 8,5% para “refletir a desaceleração pior que a esperada” nos primeiros quatro meses, disse a economista-chefe Helen Qiao em nota.

“Como as restrições ao afrouxamento de crédito estão em vigor há muito tempo, a demanda por empréstimos vem enfraquecendo mais”, escreveu Qiao. “O baixo volume de empréstimos bancários reflete agora a demanda fraca e a falta de suporte político de projetos conduzidos pelo governo.” Os responsáveis pela política monetária chinesa poderão cortar as taxas de juros duas vezes este ano e reduzir mais as exigências de reservas para os bancos, prevê Qiao.

O China Investment Capital Corp., o maior banco de investimentos do país, disse este mês que as perspectivas para a economia da China poderão ser ainda piores se a Grécia sair do euro e os planejadores econômicos locais não aumentarem os estímulos. Neste caso, o crescimento econômico poderá cair para 6,4% em 2012, segundo disse Peng Wensheng, o principal economista do banco, em um relatório publicado anteontem. Este seria o pior desempenho desde 1990, anos dos protestos na praça Tiananmen.

Fonte: Valor Econômico/ Bloomberg – 25/05/2012

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